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A CAMPANHA MIDIÁTICA DIFAMATÓRIA CONTRA O PREFEITO ANTÔNIO JÚLIO

BATENDO FORTE 

Os informativos do canal de televisão patafufense,  TVI, têm ocupado talvez a metade ou mais de seu tempo de duração, em matérias visivelmente tendenciosas, buscando estigmatizar o prefeito Antônio Júlio como único culpado pela grave crise  de falta de água, que atormenta a população.

A TVI está sob intervenção judicial há muitos anos, o que não tem impedido que o deputado estadual (PV), empreiteiro e produtor rural, Inácio Franco, também ex-prefeito, continue influenciando a programação da emissora. A Fundação José Alves Ferreira de Oliveira, concessionária do canal e sua  mantenedora,  conta em seus principais cargos de direção com familiares do deputado,  que mantém o poder de decisão sobre tudo o que nela acontece.

Em anos eleitorais a TVI se coloca abertamente a serviço dos interesses de seu mecenas, digamos assim, privilegiando em sua programação a presença de apoiadores do parlamentar, ou de quem seja apoiado politicamente por ele. Há muitos anos que o deputado do PV tem um alvo preferencial nas campanhas desencadeadas pela sua emissora: o atual prefeito Antonio Júlio. Nessas ocasiões, a editoria dos programas é assumida, ao que parece, por pessoa alheia ao seu quadro de funcionários, pois a impressão que passa é a de que esse editor “ad-hoc”, faça parte mesmo  da assessoria política do deputado.  Se for esse o caso, temos uma situação “sui generis”,  onde o interditado interdita o interventor e segue fazendo o que bem entende no ente sob intervenção. Até aqui, aparentemente sob absoluta omissão do Ministério Público e do Poder Judiciário.

A cobertura da tevê cria um cenário surreal. A maioria dos profissionais da empresa; repórteres, apresentadores e outros funcionários, chegam a demonstrar algum constrangimento causado pela linha editorial virulenta e tendenciosa. Nas entrevistas a que comparecem no exercício da profissão, ou na cobertura de outros eventos isso é perfeitamente notado.

Os telespectadores se lembram bem da terrível campanha sofrida por Antonio Júlio,  no ano de 2002, quando o que estava em debate era a construção da penitenciária. Naquele ano, ao terrorismo midiático da TVI interessava sim,  principalmente, impor uma derrota  eleitoral ao então presidente da Assembléia Legislativa. A repulsa explícita à penitenciária era apenas pano de fundo, tanto que, tão logo a unidade prisional foi inaugurada, o então prefeito Inácio Franco logo indicou um elemento de sua maior confiança para um cargo de direção da prisão.

Agora, em 2014, o pano de fundo é a questão da água, ou da falta dela,  mas o objetivo final da campanha televisiva, até as pedras sabem,  é livrar de qualquer culpa nessa tragédia o deputado estadual patafufense, que vê perigar a sua reeleição para a Assembléia Legislativa. A intenção visível é gravar a ferro e fogo na testa do prefeito Antonio Júlio a marca de culpado pelos sucessivos erros na condução do processo . Só que não. Ninguém em Pará de Minas desconhece o fato de que no período entre 1º de janeiro de 2001 até 31 de dezembro de 2012, o deputado do PV foi o principal gestor do município, que governou pessoalmente nos primeiros seis anos, com mão de ferro, diga-se de passagem. Depois através de seu preposto Zezé Porfirio,  vice-prefeito entre 201/2006 e depois titular do cargo, principalmente pela indiscutível fidelidade que dedica ao amigo.

A questão do abastecimento de água em Pará de Minas começou a ser vista com preocupação já em 1998, na gestão do antecessor de Inácio Franco. Agravou-se terrivelmente nos doze anos seguintes, ao ponto de, em 2008, Zezé Porfírio ter promovido a rescisão do contrato com a COPASA, e anunciado a intenção de promover uma licitação, abrindo a possibilidade de outra empresa assumir os serviços de saneamento na cidade.

Qualquer pessoa alheia ao processo que resultou no gradual agravamento da crise hídrica patafufense,  notará sem esforço quando tudo começou e a pusilanimidade com que a questão foi tratada. E quem de fato tem culpa pelo descalabro.

O momento não é mais de procurar culpados,  mas sim de união de todas as forças municipais, sejam elas políticas, empresariais, classistas ou populares, pois as consequências afetam a todos.  A hora é de encontrar soluções. Propor união a político que só pensa na salvação de seu mandato é a parte mais difícil. Mesmo aqueles mais sensatos, adeptos do diálogo em prol de uma política de salvação municipal, mostram-se arredios a qualquer aproximação, pois em nenhum deles corre sangue de barata, e o achincalhamento a que são submetidos diária e injustamente, com ataques à própria honra pessoal e ameaças, inclusive a familiares,  faz com que busquem outras alternativas.

Até aqui, apenas a população tem se mostrado solidária consigo mesma, apesar de uma pequena, mas barulhenta parcela, deixar-se levar pelos ganidos de algumas hienas enfurecidas, que apreciam rir da desgraça alheia e pregar a discórdia.

O prefeito Antonio Júlio deu sequência ao ato de 2008 de seu antecessor Zezé Porfírio,  e está colocando em concorrência pública os serviços de saneamento na cidade. Tentar jogar unicamente sobre ele a culpa pelas omissões e erros de doze anos é uma insensatez e covardia. No fim, como sempre,  a verdade prevalecerá. É bíblico.  Foi assim em 2002 e será novamente agora. É uma questão de tempo.

O problema para o prefeito Antonio Júlio é que enquanto ele vê o deputado Inácio Franco de maneira republicana, como eventual adversário; este parece  enxergar o prefeito como o inimigo a ser abatido, ainda que metaforicamente.

E na “briga do rochedo contra o mar quem paga a conta são os peixinhos”, no caso, o povo de Pará de Minas.

 

Luiz David

7 Comments

  1. Não é uma questão de procurar ou não culpados. Eu como repórter da TVI em nenhum momento escrevi em um de meus offs quem tem ou não culpa a respeito da falta de água em Pará de Minas, pois eu não sou técnico nem biólogo para saber o que causou a escassez dos recursos hídricos que abastecem a cidade.
    Como jornalista eu e meus colegas de emissora simplesmente temos mostrado o sofrimento que grande parte da população tem vivido com o racionamento que chega até 15 dias em determinados bairros.
    Portanto ressalto que em nenhum momento a Fundação Educativa e Cultural José Alves Ferreira de Oliveira citou sequer um nome para culpar seja a atual administração ou as antigas, nem mesmo a Copasa, tanto é que a TVI sempre divulga matérias que também são de interesses da Prefeitura.
    Nos casos de alguma afirmação feita pelas equipes de reportagem da TV Integração, sempre ouvimos os dois lados com parcialidade.

  2. William, meu amigo! Para né? Você tem se mostrado um jornalista promissor, não comprometa a visão que os outros, inclusive eu, tem de você. Pra começar, uma matéria não é feita só de OFF. E aí, vale lembrar que nenhum jornalista é tendencioso no off né? Existe a cabeça, a sonora, o povo fala!!!! É preciso ver além da matéria, pura e simples. É preciso ver, a LINHA EDITORIAL. E olha, exemplos não faltam!!!! A começar pela última entrevista do deputado Inácio Franco, em reunião com o Presidente da COPASA, em que ele atribui, claramente, a culpa ao prefeito Antônio Júlio. Já a resposta do prefeito foi toda editada, sem condições dele falar o que realmente era relevante. Bom, se isso não Jornalismo parcial, tendencioso, com o objetivo claro de atingir uma pessoa, eu posso, seguramente, rasgar o meu diploma, pq eu sei nada de jornalismo, mesmo com meus 15 anos de profissão. E atenção: não estou falando de você ok? Abraço.

    • FICO NÃO QUERENDO ENTRAR NESSA BRIGA, MAS ACHO ENGRAÇADO DEMAIS VÊ ESSAS BOBAGENS QUE NÃO AJUDAM EM NADA. SR. WAGNER PARA PODER COBRAR DE QUALQUER ÓRGÃO DE IMPRENSA, VOCÊ E O LUIZ DAVID, PRIMEIRO TINHA QUE MANDAR TIRAR O JORNAL DA RÁDIO ESPACIAL DO AR, QUE ANTES ATACAVAM O ATÉ ENTÃO PREFEITO ZEZÉ PORFÍRIO E AGORA SÓ COLOCAM MATÉRIAS DE INTERESSE DO ATUAL PREFEITO. SERÁ ENTÃO QUE ISSO QUE É JORNALISMO. POR FAVOR VÃO PROCURAR O QUE FAZER PRA AJUDAREM A MELHORAR ESSA ADMINISTRAÇÃO. SEI QUE A TVI E OUTRAS EMISSORAS DA CIDADE NÃO SOU MIL MARAVILHAS EM QUESTÃO DE PROFISSIONALISMO, MAS ESTÃO LONGE DE SEREM COMPARADAS COM O JORNALISMO FEITO PELA ESPACIAL, TODO TENDENCIOSO. EU CONTINUO COBRANDO, MELHOREM ESSA ADMINISTRAÇÃO E FAÇAM VALER O MEU VOTO. VOTEI NO ANTÔNIO JÚLIO POR ACREDITAR EM SUA COMPETÊNCIA, O QUE NÃO TENHO VISTO E FICO MAIS TRISTE AINDA COM SUA EQUIPE QUE FICAM PROCURANDO PICUINHAS COM PESSOAL DA IMPRENSA, TENHA DÓ, VAMOS TRABALHAR GENTE PELA CIDADE GENTE.

  3. É bom os comentaristas pró-Inácio verificarem um detalhe importante que o faz apenas mais um politiqueiro: no site do TSE notem o crescimento da fortuna do deputado.. de R$ 6.200.000,00 quando eleito em 2010 para PASMEM R$ 18.200.000,00!!! Triplicar fortuna assim em apenas 4 anos é algo inimaginável de se conceber a pessoa honesta!

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