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AQUECENDO OS TAMBORINS

AQUECENDO OS TAMBORINS
O juiz Sérgio Moro, dizem os jornais, pretende encerrar a operação Lava Jato no próximo mês de dezembro, Claro que aquela visita do ministro interino da Justiça a Curitiba para uma conversa particular com o juiz não teve nada a ver com a decisão magistrado. Eu acredito. Além de mim, devem acreditar na pureza das intenções do ministro a “Velhinha de Taubaté” e aquele idiota do Eremildo.

Eu não acredito que a presidenta Dilma vá conseguir reverter a sua situação no julgamento do senado. Vai tomar outra lambada, menos espetaculosa do que aquele circo armado na Casa da Mãe Joana, quero dizer, na Câmara dos Deputados. Golpe é golpe.Este que derrubou Dilma, articulado por Michel Temer foi engendrado meticulosamente durante anos. Michel veio para ficar não apenas dois anos e meio. Assim que tiver confirmada a sua permanência no cargo, podem esperar que virá o cancelamento da eleição presidencial prevista para 2018, em nome do reordenamento político, quem sabe usando como mote a coincidência de mandatos em 2020, com o eleitorado sendo chamado para votar de uma só vez em todos os cargos, de vereador a presidente da república.

Ah! Mas Temer prometeu que não seria candidato. Claro que não será, ele não fala nisso. Mas ele nunca piou em prorrogação, que é o que no íntimo quer. E muito. E não terá dificuldade em conseguir seu intento, com baixo clero da Câmara comendo nas mãos dele.

Rodrigo Maia ganhou a eleição para presidente da Casa da Mãe Joana, ou Câmara dos deputados. Se trata de alguém novo de idade, mas antigo no parlamento e dono de idéias mais velhas do que a Sé de Braga. É um atrasado político, igualzinho o presidente interino.

Agora que o Brasil voltou politicamente ao inicio do século passado, é hora de remover o entulho social, começando pela CLT de Getúlio Vargas até chegar às conquistas populares alcançadas na primeira década deste século. Nada de programas sociais nem de conquistas trabalhistas, Por enquanto os aliados de Temer, Maia e Aécio Neves não falaram em castigar os insolentes e os rebeldes levando-os ao tronco e à chibata. Mas já foi proposta uma jornada de trabalho de doze horas e congelamento de salários.

Li no jornal que a chamada Classe C já voltou a ser D, que havia desaparecido no últimos anos. Viva Temer, Aécio, Maia e a FIESP.

Assim que for confirmado na suprema curul, calma aí que é o nome chique da cadeira presidencial, Michel T. (T de traíra) já avisou que abrirá o saco de maldades contra a população. Para tanto, enviará pró-forma ao Congresso, as propostas que irão f….. bom, foder mesmo com o povo.

Minha sugestão é de que fiscalizemos nossos deputados, como eles votarão tais propostas, o discurso de cada um. Essa coisa de discurso político é curiosa. Vejamos o parlamentar federal de Pará de Minas, senhor Barbosa, por exemplo. Vinte e dois anos de mandato, sempre no baixo clero. Ele diz que é para não se misturar com os corruptos da alta cúpula (desculpem a redundância, pois não existe cúpula baixa), como se no chão do plenário todos os parlamentares fossem verdadeiras Clarissas Descalças. O discurso de missiê Barbosa aqui no grotão é um, a favor dos desfavorecidos. Quando pega o aeroplano, voa para o planalto central,e abunda-se na poltrona parlamentar se esquece de tudo que falou cá embaixo, e se torna um campeão nos votos contra o próprio eleitorado dele. Concito (puta merda, jamais pensei que um dia fosse escrever essa palavra), então, concito pois os eleitores de dr. Barbosa, tucano sestroso, já antigo na labuta, a marcá-lo vigorosamente, como Cincunegui marcava o ponta Natal; ou do jeito que o Geraldo do Antero marcava João Ribeiro, fungando na cacunda dele, não deixando o João Coragem fazer nada. Se o nobre deputado jogar muitas bolas nas costas do eleitorado, o remédio então será agir como o beque Morais fazia com o rei Reinaldo, dar-lhe logo uma bordoada definitiva tirando-o do jogo. No caso do tucano, essa pancada seria não votando nele. Por que sempre haverá uma eleição no horizonte, para desespero do ainda interino presidente Michel. Nenhum mandato é vitalicio.

Em 2012 no penúltimo programa eleitoral na tevê o padrinho da candidatura a prefeito de Eugênio Mansur, o deputado Inácio resolveu fazer justiça ao próprio sobrenome e foi franco no ataque a Elias Diniz e Antonio Júlio, então adversários do pupilo. Foi a conta do deputado Inácio fazer sua aparição no programa que a candidatura de Mansur despencou de vez, levando-o a perder até para os votos brancos e nulos. Imagino que todas as denúncias eram vazias, pois agora, quatro anos depois, está aí sua excelência, para baixo e para cima com o quase inimigo de ontem, o eclético Elias Diniz, seu ungido em 2016.

Outro dia dia assisti na tevê a uma longa peroração do deputado estadual Inácio, contra a empresa concessionária dos serviços de água e saneamento de Pará de Minas. Fiquei tão assustado com o quadro pintado pelo deputado do PV, que corri até pia e ao chuveiro para ver se já estava faltando água, que aliás corria abundantemente. Como “abunda nonocha” vi que era alarme falso do mediocrático parlamentar, seja lá o que isto for, como diria o prefeito de Quixeramobim. (“Abunda nonocha”, citação latina que quer dizer “o que sobra não atrapalha”) e o que mais tem sobrado no Pará de Minas atualmente é água, da boa e bem tratada). Se depender da água o prefeito Antonio Júlio será re-eleito com uns noventa por cento dos votos válidos. Pode encomendar o terno da posse.

Por falar em campanha eleitoral e voltando ao ilustrado deputado federal mister Barbosa, é grande a expectativa de boa parte do eleitorado para ver se nesta campanha ele entrará com vontade e disposição, quero dizer garra mesmo, ao lado de seu aliado Antonio Júlio. Em 2012, sua majestade Barbosa mais viajou, visitando seus grotões, do que ficou aqui na terrinha. Quando cobrado, a desculpa da nobre personalidade era sempre a mesma: “-Eu não posso me envolver muito em Pará de Minas, pois tenho bastantes eleitores que também votam nos outros candidatos a prefeito”. Então tá.

Eu continuo acreditando que a aliança PMDB-PSDB em Pará de Minas só beneficia os tucanos locais, e que o PMDB pode prescindir, no sentido de abrir mão, desse apoio, para ganhar novamente a eleição. Em Pará de Minas o PSDB virou tipo um encosto, que não sai da cacunda do prefeito. É a minha opinião, já alguns anos. E acho que nem um exorcismo muda esse quadro.

Sobre partidos políticos: as cúpulas partidárias encasteladas em Brasilia, são uma espécie de castigo imposto às bases espalhadas pelos mais de 5.500 município brasileiros. Os diretórios municipais de todos os partidos, por todo lado, na maioria das vezes não concorda com as lambanças que são feitas no Distrito Federal. O deputado Eduardo Cunha, por exemplo, execrado até no seu estado; assim como Moreira Franco; e o Aloisio Nunes do PSDB; ou aquela turma do DEM, tipo o Agripino da Paraíba.
Não temos mais partidos com lideranças nacionais: ACM, Marco Maciel, Tancredo, Ulisses, Teotônio, Mário Covas, Montoro, Prestes.

Esse presidente golpista Michel T. por exemplo, quando passar esses momentos iniciais de euforia golpista, afundará e levará junto o outrora grandioso e respeitado PMDB.

Essa história de que o PMDB é que garantia a governabilidade, era lorota em que todos caímos. Hoje sabemos que o partido garantia mesmo era a sua parte no botim da enfraquecida “Viúva”, essa maltratada república brasileira. (LUIZ VIANA DAVID)

Luiz David

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