Em entrevista que foi ao ar hoje, na rádio Espacial FM, de Pará de Minas, o deputado federal tucano, Eduardo Barbosa, quebrou o silêncio que já incomodava a população, para se pronunciar sobre a questão da falta de água em Pará de Minas.
Aliás, o parlamentar não falou sobre a falta do precioso líquido, mas dedicou todo o tempo da entrevista para defender a empresa, sugerindo que a prefeitura deve renovar o quanto antes o contrato com a atual concessionária, vencido há cinco anos. O deputado quer mediar um encontro entre representantes da prefeitura e diretores da empresa, para que o tema seja tratado sem paixões de momento.
Pelo que ouvi na entrevista, o deputado Barbosa deu a entender que não sabe o que tem se passado na cidade nos últimos doze meses. O clima de tensão que paira sobre a cidade desde que se implantou o racionamento. E parece também não saber que o processo licitatório já está em pleno andamento, e que só foi deslanchado por que a Copasa se recusou e continua se recusando a assinar um termo de compromisso com o município.
Declarando-se governista, Eduardo Barbosa parece estar querendo agora, serodiamente, surgir como o salvador da pátria, o messias portador da boa nova, o mediador do impasse que não tem retorno. O Neymar patafufense.
Nesta questão da falta de água na cidade de Pará de Minas, o jogo já está jogado, o processo licitatório está em fase adiantada, muito por culpa da própria empresa, que não tem a prática do diálogo; e só se apresentou na mesa de negociações pressionada pela firme posição do prefeito, apoiado pela unanimidade dos vereadores, de licitar o serviço.
Uma pena que o deputado nascido em Pará de Minas, tenha demorado tanto para se manifestar sobre a gravíssima questão, pois como poderoso aliado do governo mineiro, poderia ter encaminhado a solução anteriormente, pois é mesmo um especialista em costurar acordos.
Sua entrada no processo agora, só vai aumentar o sofrimento da população, que não suporta mais esse estica/encolhe da Copasa e do governo estadual.
O povo espera por uma solução e pelo visto ela já está encaminhada. É inconcebível o retorno ao ponto de partida, ao ano de 2009, quando o contrato venceu.
A fase de apontar culpados já passou. Agora, é tempo é de pensar no futuro. Com água nas torneiras, se possível.