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COMENTÁRIOS A RESPEITO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS EM PARÁ DE MINAS NO ANO DE 2016

“E se quisesse Deus que este tão ilustre e tão numeroso auditório saísse hoje tão desenganado da pregação, como vem enganado com o pregador! Ouçamos o Evangelho, e ouçamo-lo todo, que todo é do caso que me levou e trouxe de tão longe”. (Padre Antonio Vieira no Sermão da Sexagésima)

Outra coisa não tenho feito desde que as urnas foram desligadas em Pará de Minas no entardecer do dia 2 de outubro, senão tentar explicar às centenas de pessoas, amigas ou apenas conhecidas, muitas outras nem isso, o que de fato sucedeu para que o prefeito Antonio Júlio perdesse uma eleição considerada ganha. As pessoas, amigas ou apenas conhecidas e as outras que não são uma coisa nem outra, perguntam a mim, por que sabem da fraternal amizade de meio século que o prefeito e eu cultivamos, com muita lealdade e desprendimento. Tentarei explicar as causas da derrota dentro daquilo que ouvi, li, vi e desconfiei, considerando que pela primeira vez em quarenta anos não participei sequer de uma reunião partidária que tratasse da eleição. Disseram que estou velho, mas ainda não fiz setenta, num país onde as pessoas estão morrendo cada vez mais idosas. Existe uma ideia milenar que afirma que velho é quem tem dez anos a mais do que a gente. Por esta perspectiva a equipe da qual o prefeito Antonio Júlio se cercou neste mandato pode considerar-me um velho, quem sabe até mesmo um ancião, visto que a maioria dos ilustres assessores ainda não entrou na casa dos “enta” de onde dificilmente se sai vivo, pois são raros os que deixam os noventa para se tornarem centenários. Ainda sob a ótica da refulgente assessoria, eu estou velho, mas o prefeito não, mesmo Antonio Júlio sendo apenas menos de três anos mais jovem do que eu. Não tem como não lembrar da campanha eleitoral de 1982 para governador do estado, que colocou em campos opostos o então senador Tancredo Neves de 72 anos, e o engenheiro Eliseu Rezende, bem mais jovem. Durante um comício na cidade de Varginha, o empolgado engenheiro na tentativa de desqualificar o opositor disse que ele era um velho, que não tinha mais condições de governar mais nada, muito menos um estado importante como Minas Gerais. Três dias depois Tancredo Neves foi à mesma praça em Varginha para discursar aos varginhenses e iniciou sua peroração afirmando que não se sentia ofendido com o ataque do adversário, pois era mesmo um setentão e não adiantava tentar esconder essa verdade. “Mas”, acrescentou dr. Tancredo, “quem conhece a história da humanidade sabe que, com apenas trinta anos de idade, ainda bem jovem, o imperador Nero ateou fogo em Roma; enquanto o genial estadista britânico, Sir Winston Churchill, com quase oitenta anos, conduziu as nações aliadas à vitória final sobre o nazi-fascismo”. Tancredo foi ovacionado longamente pela multidão que após o comício o carregou nos ombros pelas ruas centrais da próspera cidade sul-mineira, onde obteve esmagadora maioria de votos, que contribuiu para sua vitória contra o entusiasmado engenheiro. A empolgação e deslumbramento com o poder da jovem equipe assessora de Antonio Júlio, rapazes e moças, sem dúvida contribuiu para a derrota eleitoral do então invicto político. Se conhecessem um pouco de história, esses jovens certamente teriam ouvido falar do senador romano Marco Túlio Cícero, que entre outras centenas de frases de efeito pronunciou esta, que define como deve proceder aqueles que estão próximos de onde emana o poder: ” À mulher de César não basta parecer honesta, ela tem de ser honesta”. Transportando Cícero para o século 21 em Pará de Minas, podem apostar que ele diria sobre a jovem equipe: “Aos servidores municipais ocupantes de cargos de livre nomeação não basta parecerem humildes; eles têm de ser humildes”. Faltou humildade à turma e sobrou ostentação. Esqueceram os livres nomeados que eleições são periódicas e a gente humilde -os eleitores, costuma não perdoar os excessos de quem governa. Em Roma já era assim e continua sendo mundo a fora. É uma reação atávica que atravessa gerações, essa do povaréu, que não suporta bancar exibicionismo de quem é pago (com dinheiro dos impostos) para zelar pelo bem estar de todos, sem distinção. Eu digo que, a exemplo de Nero, que ateou fogo em Roma aos trinta anos; os juvenis da assessoria do prefeito queimaram boa parte do patrimônio eleitoral de Antonio Júlio. Foram quatro anos de exibicionismo, que atingiu o ápice na derradeira festa ocorrida no parque de exposições municipal, que foi uma espécie de “Baile da Ilha Fiscal” da administração, de que certamente eles, a juventude no governo, nunca ouviu falar. Pois na tal festa, ergueu-se um camarote “VIP” (VIP = sigla no idioma inglês para “Very important persons” ou gente muito importante). Pois não é que dentro do tal camarote criou-se uma área exclusiva para pessoas ainda mais importantes, ou que se julgam assim, ocupada por dezenas de aspones de todos os calibres, moças e rapazes, com seus namorados e namoradas e convidados especiais, transbordantes de alegria e felizes com as delícias que o poder proporciona. Lá em embaixo, no chão, alguns milhares de pessoas presentes a festa, todos eleitores que pagaram caro pelo ingresso, apenas observavam a desastrosa desfaçatez daquela plêiade de jovens celebridades municipais, que acreditavam na eternidade do poder, que os mais sensatos sabem ser efêmero como uma brisa vespertina. Aquelas alegres e fatídicas noites no parque podem ter custado talvez uns dois mil votos ao prefeito Antonio Júlio, suficientes para garantir a renovação do mandato dele. Patrimônio em votos, acumulado em trinta e cinco anos de vida pública, infelizmente dilapidado.

Um velho amigo, meu e de Antonio Júlio, veio comentar comigo o resultado da eleição e pesaroso resmungou: – Pois é, fomos afastados e praticamente impedidos de nos aproximar do Antonio Júlio durante o mandato. Mas não custa lembrar que conosco, os velhos, o Tõe ganhou oito eleições seguidas e sem nós, foi perder logo a eleição mais fácil de ganhar. E aquela meninada ficou o tempo todo repetindo números de uma pesquisa que nunca existiu, garantindo que o Tõe estava 16% na frente, ou oito mil votos, como faziam questão de frisar.
Um outro velho companheiro de jornadas memoráveis (e vitoriosas) falou-me uma verdade: se os chefes da campanha de AJ tivessem tido a humildade de reconhecer que a situação estava difícil nos últimos quinze dias e tivessem convocado a velha guarda (os mirmidões, disse ele, numa alusão à guarda pessoal do guerreiro grego Aquiles), a situação seria revertida. Pelos menos quarenta fiéis amigos/cabos eleitorais de Antonio Júlio, nesta eleição se limitaram a votar no tradicional líder, iludidos pela falácia propagada pela campanha que a vitória era certa e folgada. Não era assim, como se viu depois. Se os antigos guerreiros tivessem sido acionados a tempo, o resultado seria outro. Alguns deles até foram ao comitê eleitoral em busca de material de campanha e para se alistarem como voluntários, mas foram rechaçados. Uma eleitora das antigas, colaboradora de todas as campanhas de AJ, foi até à mansão que abrigou o comitê se oferecer para trabalhar, não falou em remuneração. Depois de responder a uma série de perguntas, verdadeiro interrogatório segundo ela mesma, foi dada como incapaz, por motivos não suficientemente esclarecidos, mas que ela deduziu serem três: é negra, pobre e mora longe. O fato de ela ser líder de uma grande família, ser ligada a importante e popular movimento cultural e ainda trabalhar numa feira, além de ser hábil formadora de opinião, nada disso teve importância para o encarregado de escolher a equipe. Desta vez a preferência foi por moças jovens e bonitas, de vocabulário escasso, mascando chiclete, hábeis no “zap-zap” e nenhum conhecimento geral de política,eleições e de pessoas.

Falei em comitê de campanha e volto ao tema. Pessoalmente não gostei do imóvel escolhido. Uma mansão situada em ponto nobre do centro da cidade. Não acredito que a escolha tenha agradado o candidato. Em todas as outras catorze campanhas em que se envolveu, seja como candidato ou como chefe de campanha, Antonio Júlio sempre preferiu montar o comitê em velhas casas/casarões, ma maioria de aluguel barato, demolidas tão logo devolvidas aos proprietários, passadas as eleições. A imponência do imóvel escolhido para comitê em 2016, afastou muita gente de lá, principalmente os eleitores mais humildes. Eu por exemplo não pus lá os meus pés, por considerar um acinte a demonstração desnecessária de poder. Nem vou falar na escadaria de acesso, o que desanimava outros velhos como eu, só que mais alquebrados, que eram atendidos na garage da mansão.

Cinco dias depois das eleições, na sexta-feira seguinte, fui ao gabinete do prefeito para um dedo de prosa e levar uma palavra de solidariedade, pois amigo é prá essas coisas também. Encontrei um Antonio Júlio, um pouco chateado com a derrota, não digo que ele estava triste, percebi nele mais uma sensação de alívio, quando falamos do que aguarda os prefeitos eleitos agora, num futuro bem próximo. Por esse ângulo é para se sentir mesmo aliviado. Mas ninguém gosta de perder e a derrota inesperada doeu em Antonio Júlio, que não gostava de perder nem campeonato de pênaltes. Comentamos sobre possíveis causas do resultado adverso, disse a ele a minha opinião: perdemos (eu também sinto-me derrotado) por conta dos erros no fazimento da política, daquele rame-rame diário, que só quem é do ramo conhece. Administrativamente Antonio Júlio foi muito bem. Fez muitas obras físicas grandes e importantes, investiu na valorização do ser humano, do cidadão mais pobre. Mas o principal feito de seu mandato foi a solução definitiva da crise hídrica, que paralisou a cidade entre 2009 e 2015. Apenas isto, se mais nada tivesse feito por Pará de Minas em sua profícua carreira política, já é suficiente para garantir a eterna gratidão de seus conterrâneos e alça-lo definitivamente ao panteão dos nossos maiores benfeitores. A gratidão é e será eterna. Já o reconhecimento imediato da obra realizada, não. O reconhecimento, pode ser perturbado pela volubilidade das paixões políticas, incendiadas pelos detratores do momento, que apenas cumprem o papel de desqualificar e desmerecer o trabalho do adversário eventualmente no poder. Existe uma regra não escrita na política, que diz que “o tempo de eleição é próprio para se falar mal do adversário, que se não tiver defeito, isto tem de ser providenciado”. Quando a água voltou às torneiras do pará-minenses citadinos, de forma abundante por sinal, os adversários da administração imediatamente cuidaram desqualificá-la: não prestava, estava suja e poluída, estava faltando na periferia, o rio (a fonte) vai secar. Mas quando a dona de casa abria a torneira o precioso líquido estava lá. E assim a disputa eleitoral se deu em torno da água, da sua falta, do seu preço; barato para a prefeitura, caríssimo para os adversários. Eu me incluo no rol daqueles que achavam que a vitória de Antonio Júlio estava garantida pelo fato de ele ter resolvido a questão hídrica. Os meninos e as meninas que ocuparam boa parte deste texto, também achavam, e por isto relevaram a questão política. Foi um erro político a cobrança da água neste ano eleitoral, o que deveria acontecer a partir de janeiro de 2017. Faltou alguém para chegar no ouvido do prefeito e sugerir a ele que mandasse a concessionária postergar a cobrança dos boletos. Bem ou mal servidos, os moradores dos distritos pagavam uma taxa quase que simbólica pelo consumo da água que lhes foi servida durante décadas. O mineiro é avesso a impostos, aqueles que vivem na zona rural ainda mais. Revoluções já aconteceram em Minas por conta de impostos, justos ou não. Da mesma forma, se o levantamento aero-fotogramétrico do perímetro urbano foi uma medida de extrema importância, administrativamente falando, os boletos com os novos valores do IPTU, resultantes da nova configuração dos imóveis, pesou na hora do cidadão votar. Não se cobrar novos impostos em ano eleitoral, é outra regra não escrita da política. Obviamente que o prefeito não decidiu sozinho pelas cobranças, é certo que ouviu a opinião de secretários. Os mesmos que devem te-lo aconselhado a não dar aumento de salários acima da inflação aos servidores, sob o risco de ultrapassar o limite constitucional. Os mesmos secretários e assessores devem ter convencido o prefeito a contratar dezenas de funcionários sem função específica, o que também serviu de impedimento aos aumentos salariais do quadro de efetivos, principalmente.

Em 2012 fui um entusiasta da aliança de Antonio Júlio com o PSDB. Mais pelo tempo de tevê no horário eleitoral de que os tucanos dispunham, do que por qualquer outra coisa. E o vice indicado, Geraldinho Cuica tinha o perfil de novidade. Naquela campanha os tucanos entraram com tempo de tevê e mais nada. Quando Antonio Júlio formou o secretariado, prerrogativa só dele, eu manifestei minha opinião de que o PSDB tinha ganhado mais do que merecia. Sempre acreditei que a Secretaria de Ação Social seria suficiente para retribuir o empenho tucano. Mas, aos poucos o PSDB foi ganhando espaço e no fim das contas foram agraciados com mais duas secretarias: Esportes e Obras, ficando assim com três, para alguns, o filé de qualquer administração. Tomei posição então, publicamente, pelo fim da aliança com os tucanos e a filiação de Geraldinho Cuica ao PMDB, partido de Antonio Júlio. Resultado? Ganhei a antipatia do vice-prefeito, que em nossa última conversa disse que não deixaria o PSDB, pois devia o cargo ao deputado federal Eduardo Barbosa. Mais tarde, Geraldinho parou de falar comigo, até mesmo no facebook. Depois de certo tempo notei que os secretários tucanos não eram solidários. Durante a crise hídrica não eram vistos; no auge dela, depois de um silêncio gritante, o deputado Barbosa visitou o governador Alberto Pinto Coelho e voltou à cidade sugerindo publicamente a Antonio Júlio que renovasse o contrato com a COPASA. Naquela altura o contrato de concessão a nova empresa já estava autorizado pela Câmara e pronto para ser assinado. Também não gostei do desempenho tucano durante a última campanha, quando na minha ótica eles se preocuparam muito mais com a eleição da chapa proporcional do que com a re-eleição de Antonio Júlio (e do Cuica, obviamente), tanto que não têm nenhum vereador na Câmara nesta atual legislatura e elegeram três para a próxima. E com vários suplentes com votação expressiva, o que nunca foi do feitio do PSDB da cidade. Os tucanos também acreditaram piamente, como eu, na força da solução da crise hídrica.

Aliás, a preocupação com a eleição de vereadores foi comum também ao PMDB e partidos coligados. As secretarias se transformaram em feudos: Assistência Social dividiu-se no apoio a dois candidatos tucanos: Toninho Gladstone e Alexandre Keuffer; Secretaria de Esportes fechou com uma candidata também tucana, cunhada do secretário; Secretaria de Obras apoiou o candidato irmão do vice-prefeito e titular da pasta: Na Sec. de Saúde a ordem expressa era para apoiar a re-eleição do vereador Marcão. E o chefe de gabinete do prefeito, que também concorreu, bicou em todas as secretarias, foi muito bem votado e acabou na primeira suplência. Esse envolvimento com as candidaturas proporcionais foi um erro crucial, pois em determinado momento, com todos os envolvidos considerando como favas contadas a re-eleição de Antonio Júlio, a disputa passou a ser por melhores posições no futuro governo. Quem estava de longe via isso tudo acontecer, mas evitavam comentar com os principais interessados, receosos de serem chamados de fofoqueiros, traíras, derrotistas e de outras coisas. Com um candidato considerado re-eleito e com a perspectiva de eleger até dez vereadores, a campanha de Antonio Júlio transformou-se numa verdadeira fogueira de vaidades.

Ao se ausentar da cidade praticamente durante a metade de 2013 e durante todo o ano de 2014, quando passou quase todo o tempo viajando pelo país em busca de uma solução para crise hídrica, felizmente bem sucedida, o prefeito descuidou-se da política doméstica,até mesmo por falta de tempo, justamente da área onde ele se consagrou como um dos melhores de Minas. A política, aquele rame-rame já mencionado, tornou-se seletiva, ficou entregue a deslumbrados. O partido do prefeito não se reuniu uma vez sequer em quatro anos, a não ser festivamente. Para tratar de assuntos políticos e administrativos nunca. Aquela convivência do líder com seus seguidores, não aconteceu desde 2013. Quem ajuda a eleger, quer saber pelo menos a quantas anda a administração, quer informações de “cocheira”, falar com prefeito, com o vereador, essas coisas que só custam tempo e são úteis. O que houve foi o distanciamento e meias informações. Isso contribuiu para dispersar a base política. Com Antonio Júlio praticamente ausente pelos justos motivos já citados, o correligionário que foi à prefeitura procurá-lo, sentiu-se perdido diante de tantas caras novas atrás das mesas de recepção, incapazes de dar uma informação plausível sobre onde estava o prefeito, quando ele chegaria, essas coisas, que quaisquer recepcionistas medianas sabem fazer muito bem, com eficácia.
Presidente do PMDB há muitos anos, o vereador Marcílio, mais votado da cidade nas quatro últimas eleições, não é unanimidade dentro do partido. Parte por culpa dele mesmo, que não tem pela política partidária o apetite que tem por votos. Não briga por nada dentro do PMDB. Aceitou ser presidente do diretório, mas não consegue convocar uma reunião. Nem faz muita questão desses encontros. Ele não gosta, mas outros gostam e enciumados, preferem que Marcílio continue assim, meio desligado. Dessa forma fazem a política partidária da maneira que lhes convém. Com o líder indiscutível assoberbado de trabalho, vão decidindo as coisas sem ouvi-lo e levando a ele os fatos como consensualmente deliberados. O prefeito Antonio Júlio é um crítico desse jeito de ser de Marcílio, de não se importar com as questões partidárias e algumas vezes já presenciei AJ repreendê-lo. E assim o espaço vai sendo ocupado.

Eu desfiliei-me do PMDB em março de 2009, logo depois das eleições de 2008, quando o partido foi coadjuvante na aliança formada, indicando o atual secretário Kleber Faria Silva como candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pela senhora Darcy Fioravante Barbosa, que terminou em terceiro lugar, depois de liderar as pesquisas até dez dias antes das eleições. Serenados os ânimos eleitorais no partido, certa tarde, em conversa com o então presidente do diretório e ex-candidato a vice, Kleber Silva, e com o então assessor de imprensa do deputado Antonio Júlio, jornalista Lu Pereira, ponderei com eles sobre as causas da derrota de Darcy. Eles não concordaram com minhas opiniões e sugeriram que o PMDB de Pará de Minas precisava mesmo era de uma renovação em seus quadros. Entendi como uma sugestão para que eu deixasse o partido. Imediatamente fiz uma comunicação oficial do meu desligamento, endossada na hora pelo presidente. Mas não deixei o grupo político de Antonio Júlio, a quem eu devia e devo fidelidade. Participei com o entusiamo de sempre das campanhas de 2010 e de 2012, quando aposentei-me pelo INSS. Na campanha de 2012 de AJ a prefeito, participei de todas as reuniões do grupo que pensava a campanha, enfim vitoriosa. Sei que fui importante naquela campanha que foi a minha última, mas eu não sabia. Fui convidado por Antonio Júlio para ocupar um cargo intermediário, próximo a ele. Mas não aceitei, preferindo curtir a aposentadoria recém conquistada. E também não indiquei ninguém, exceto um ocupante de cargo de terceiro escalão, na secretaria de Meio Ambiente. E agora estou aqui, com a mente a mil por hora, com a consciência pacificada e muita disposição para viver a vida, quem sabe até mesmo retornando a alguma atividade produtiva, que ficar atoa também cansa. (LUIZ VIANA DAVID)

Luiz David

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