Idéia para ser copiada
Amigos. Durante toda a minha vida após a aprendizagem da leitura coleciono livros. Isto me possilitou chegar aos 70 anos com uma grande e amada biblioteca, que ocupa paredes de minha casa, da casa de Furnas, do escritório e do local de trabalho. Para todo lado os livros queridos se mostram, e eu os aprecio, limpo, releio, manuseio. Mas outro dia ouvi um relato que me assustou demais: um casal amigo resolveu vender a enorme e onerosa casa onde moraram durante toda a vida. Acontece que ninguém da família quis a biblioteca de mais de oito mil volumes. Procuram doar todos eles e não acharam quem os recebesse. É inacreditável, mas foi o que aconteceu. Precisavam desocupar a casa e o único destino foi uma recicladora de papel. Diante de uma realidade tão difícil, olhei para meus companheiros nas estantes e decidi que iriam circular. Foi montado um posto LEIA E REPASSE. Aos poucos estou levando meus livros para lá. Todos lidos e apreciados. Quem quiser levar para ler, pode levar. Se quiser devolver, pode devolver. Se quiser repassar, pode repassar. O compromisso é fazer o livro circular. Confesso que, no princípio, cada livro que colocava na caixa me dava vontade de chorar. Mas fui em frente. É uma experiência de desapego dolorida e compensadora. Vale a pena. O sucesso do projeto me fez ver que se os livros forem colocados à disposição, os leitores aparecem. A estante, renovada todo dia, está no Sexto Tabelionato de Notas de Belo Horizonte, à Praça Milton Campos, 217, no alto da Avenida Afonso Pena, quando ela se encontra com a Avenida do Contorno. E quem quiser doar livros para o LEIA E REPASSE, é só entregar no mesmo local.
Apareçam. E façam circular seus livros que estão nas estantes. Um abraço. Hila Flávia
