Compartilhado por Estamos Assim do Blog Bem-vindo Sequeira
Quando eu era muito menino tocava-se em gramofones discos de porcelana. Uma música de cada lado..
Uma delas de muito sucesso era “O Ébrio” na voz de Vicente Celestino. Era a época dos cantores de opereta. Dos cantores de vozes possantes que quase recitavam a música em vez de cantá-la. A canção fora primeiramente apresentada em filme que recebeu seu título “O Ébrio”. Do cinema explodiu nas rádios, nos teatros, auditórios e salões do País.
O dia da estréia do filme foi 28 de agosto de 1946. 68 anos atrás. Gilda de Abreu, mulher de Celestino participava também do filme como autora e diretora.
O roteiro era o típico drama da época: Gilberto Silva (Celestino) é um jovem rico do interior cujo pai perde a fazenda e o deixa na miséria. Sem apoio de ninguém, Gilberto vai para a cidade grande, onde começa perambular até conhecer um padre que abre suas portas e o ajuda a procurar emprego e a aplicar seu talento musical — e Gilberto se inscreve num programa de calouros onde começa a ganhar notoriedade e algum dinheiro para terminar seu curso de medicina. Conhece sua futura esposa Marieta no hospital. Depois de alguns acontecimentos envolvendo familiares e a perda da esposa, ele decide viver como um fantasma, começando a se afogar na bebida e vagabundagem.
É onde , neste momento Vicente Celestino encaixava a música tema. O climax do filme. “O Ébrio” veio num fértil momento do cinema brasileiro, através da Cinédia e buscou e até conseguiu fazer frente aos importados dos EEUU.
Um grande sucesso para a época:
“Tornei-me um ébrio e na bebida busco esquecer
aquela ingrata que me amava e que me abandoonou
Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer.”