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QUE TIRO FOI ESSE?

QUE TIRO FOI ESSE?
Ela tem apenas 21 anos, recém completados. É carioca, nasceu e foi criada em Bangu, atualmente mora na Lapa. Já fez novela na Globo e agora estoura no Brasil inteiro com esse hit, que está mexendo com a cabeça de sociólogos, psicólogos e um monte de outros “ólogos” por aí. Jordana (é o verdadeiro nome dela) em pouco tempo conseguiu o que milhões de garotas e garotos perseguem sem nunca conseguir: fama, dinheiro ( o cachê da moça saltou em poucos dias de 500 para 30.000 reais. E está com viés de alta), trabalhar na televisão, desfilar na Beija-Flor na ala das empoderadas. É uma fama efêmera? Sim, e ela tem consciência disto.Passados os quinze minutos de fama (lembram-se de Andy Warol?) certamente a simpática e talentosa JoJo encontrará seu lugar no book das celebridades, como Buchecha encontrou, na época, tão criticado quanto, ao lado do seu parceiro precocemente falecido Claudinho.

JoJo é negra, de origem humilde no subúrbio carioca: quando devia estar na escola foi trabalhar em sub-empregos, igualzinho outros milhões de jovens na mesma condição dela, semi-analfabetos. Para esses é que JoJo canta. Então o que querem os críticos? Que ela faça letras rebuscadas? Ora, não seria ouvida se fizesse o básico. JoJo é um produto do meio em que nasceu e vive; JoJo veio das massas e quanto mais apanhar, mais vai crescer, defendida pelos milhões de funkeiros espalhados pelo Brasil. Além do mais, esse “Tiro” não é a pior coisa que apareceu no cancioneiro nacional, digamos assim, nos últimos anos.
Eu também não gosto de funk, mas acredito que ele veio para ficar, pelo menos enquanto houver demanda.

E cá prá nós, a JoJo teve peito de assumir os seus ditos cujos, enormes, lindos e naturais. Os seios que milhões de mulheres gostariam de ter e para isto vivem se aplicando hectolitros de silicone para ficarem iguais aos dela.
Acredito mesmo que boa parte das pessoas que a criticam, o fazem por inveja daqueles maravilhosos peitões.

Vai JoJo. Vai ser feliz na vida, que você merece!
(LUIZ VIANA DAVID)

Sobre o mesmo tema, música brasileira, o cronista-revelação de Pará de Minas, CARLOS LEONARDO, escreveu a interessante crônica abaixo.

“MÚSICA BRASILEIRA EM DECADÊNCIA
Nasci nos anos 80. Ouvi músicas maravilhosas. Fui um dos ouvintes privilegiados da época. Privilégio este que a juventude de hoje não terá, pelo menos através de algumas rádios, as mais populares.

Naquele tempo quando os jovens se apaixonavam gravavam canções que retratavam o amor, alegria, paixão, etc. Gravações essas que eram feitas em fita k7. Tínhamos o costume de gravar diretamente da rádio. Ficávamos esperando a música tocar, e quando começava corríamos até o tocador de fita para fazer a tão esperada gravação. Isso quando o locutor não começava a falar antes do final da música. Tempos maravilhosos. As letras tinham um teor humano. Os jovens se deliciavam a cada nova canção.

O mundo muda. É a ordem natural das coisas. A cada dia, algo novo. As cidades mudam, o clima muda, as crianças crescem. Nada disso é novidade para ninguém. A tendência correta seria mudar para melhor, mas nem sempre isso acontece.

Por muitos anos fiquei sem ouvir rádio. Ultimamente devido ao meu trabalho tenho ouvido muito. Fiquei de boca aberta ao escutar algumas canções através dessas emissoras. Letras que nem têm mais duplo sentido. Agora se canta na “lata” mesmo. O palavrão é falado diretamente.

Há quem critique o Rock, o Heavy Metal, o Jazz, o Blues, etc. Dizem que são músicas do demônio. Será?

Vou dar um exemplo de uma música no estilo Heavy Metal de nome “Heavy Metal”, da banda inglesa Judas Priest.

Link: https://www.letras.mus.br/judas-priest/102417/traducao.html

“Quando os acordes do poder descem arregaçando com tudo,

Eles rasgam os meus sentidos

Isso é para os fortes, não para os fracos

Nas dimensões da luz e da escuridão…”

Agora, uma das sensações das paradas brasileiras se chama “Ela quer piru”. Essa dispensa a inserção do link.

“An an an an , olha só o que essa mina quer, que treeeeeta.

Ela falou que queria eu, ela falou que queria tu,

Ela falou que queria eu, ela falou que queria tu,

Ela falou que queria eu, ela falou que queria tu,

O que que ela quer, Catra?

Ela quer piru”.”

Sabe o que é pior? Vejo crianças de oito, dez, doze anos cantando e dançando isso. Gente, é lamentável demais músicas com teor sexual dessa magnitude serem encaradas com tanta naturalidade. É triste demais.

Outros vão criticar a primeira letra acima dizendo que “é música do capeta”. Preste atenção e compare ambas e imagine sua filha dançando. Qual você escolheria? Eu iria na primeira. Jamais iria querer minha filha rebolando no piru.

Já ouço gente falando: “Nossa, quanto conservadorismo, hein?”. Sim. Muito. Mas convenhamos que as letras de músicas têm piorado e instigado o sexo sem escrúpulo nos jovens.

Os pais devem policiar seus filhos sim em relação às músicas que estão ouvindo. Não precisa ouvir Marisa Monte, Tom Jobin e nem Ney Mato Grosso. Seria ótimo a geração de hoje estar ouvindo esse tipo de música, que tem história. Empurrar um estilo assim goela abaixo seria forçado demais. Porém evitar músicas “porcas”, isso sim tem jeito.

Em resumo, só estou preocupado com a geração do futuro e esse é o meu objetivo, fazer com que os jovens de hoje não fiquem se iludindo com esse tipo de música. Vocês são o futuro do mundo e precisam absorver coisas que realmente vão lhes trazer inspiração para fazer do mundo um lugar melhor para se viver”.

Paz e vida longa a todos.
(CARLOS LEONARDO)

Luiz David

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