0

TRÊS NÓS (DE NÓ, NÓ CEGO)

TRÊS NÓS (DE NÓ, NÓ CEGO)

São dois anos no poder desta atual administração municipal, a metade do mandato. O prefeito ainda não pegou a embocadura do trombone, digamos assim. Esta é a gestão das medidas paliativas e cosméticas. Um remendinho aqui, um pó de arroz acolá, muito mimimi e pouco serviço mostrado. Enquanto isto questões gravíssimas se acumulam, assuntos que interessam a 100% da população, pois todos nós que aqui vivemos vamos morrer um dia e pelo menos uns 90% de nós precisaremos de assistência médica em algum momento. Talvez sejamos 60% da população aqueles que usamos o transporte coletivo urbano. Assim, o novo cemitério, a questão hospitalar e o transporte via busão são temas caros a todos nós. Menos ao prefeito, pelo que se viu até agora.

O que a prefeitura está fazendo com o Cemitério de Santo Antonio não é coisa que se faça. A cada vez que eu vou a um velório saio de lá sem acreditar no que vejo. As vias de acesso aos túmulos estão sendo fechadas para abrir espaço a novas sepulturas, em média quatro enterros por dia. Daqui a pouco não haverá outro jeito de alguém visitar o túmulo de um ente querido a não ser pairando no ar, coisa que beija-flores, helicópteros e Dadá Maravilha conseguem fazer.
Outro dia o prefeito que antecedeu o atual disse em entrevista que ao sair deixou o terreno para a nova necrópole comprado e todas as licenças ambientais liberadas para o inicio das obras, e algum dinheiro para começá-las.
Ora, um cemitério digno é tão importante para uma comunidade quanto uma creche, ou um posto de saúde. Ser prefeito significa trabalhar vinte e quatro horas por dia, significa participar de eventos festivos e alegres como receber o Papai Noel ou o Rei Momo, ou entregar medalhas aos campeões do futebol amador.. Ser prefeito significa resolver assuntos chatos também e construir um cemitério novo é assunto chato, mas fazer o que, Se todos vamos para o mesmo lugar. Esta é uma obra a ser feita pelos fortes, até agora o alcaide em exercício tem se mostrado pusilânime diante deste desafio. No último sábado estive no velório de meu já saudoso amigo Mário Viana e ouvi de um presente às exéquias a informação que me deixou de queixo caído: a prefeitura estaria cogitando aumentar o cemitério, ocupando toda a extensão da Avenida Paraguai, no trecho que começa na pracinha defronte o velório até a Rua Piunhi. Eu não acreditei no que ouvi e só comento aqui para servir de alerta às centenas de moradores da parte alta dos bairros de Fátima, São José, arredores da igreja de São Sebastião, condomínio Dona Flor, etc. todos que serão diretamente afetados pelo desastre que tal medida vai provocar.
Espero que alguém da prefeitura venha a público desmentir a informação e garantir que tal possibilidade sequer nunca foi cogitada.

Saúde Pública – Resumo da ópera numa só frase, que não é de minha autoria: “o que mudou até agora na saúde de Pará de Minas é que praticamente ninguém mais morre no HNSC. Os pacientes moribundos apenas fazem uma espécie de parada técnica ali; enquanto aguardam vaga noutro hospital que pode estar a até 300 quilômetros de distância. Muitas vezes morrem em cima de uma maca no curto trajeto entre a ambulância que o conduziu e a sala de atendimento. Há até quem sugere a aquisição pela prefeitura de vários rabecões para trazer o falecido de volta.

Transporte Público – A atual concessionária trabalha sob regime de “contrato prorrogado” há pelo menos seis anos. Será que o negócio que já foi uma mina de dinheiro e de lucros está assim tão ruim, ou está faltando coragem (olha a pusilanimidade aí gente!!!) para tomar medidas corajosas? O negócio ficou ruim por que os passageiros sumiram; ou os passageiros sumiram porque o serviço prestado é péssimo? Quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha? Esta é uma questão que majestático prefeito deve responder, é uma dos obrigações de quem senta no trono municipal e detém o poder de decidir através da caneta.

Só para relembrar, já se passaram dois anos e “tudo continua como dantes no quartel de Abrantes”.

Comentários
Escreva um comentário…

Luiz David

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.