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VEREADOR NÃO QUER SABER SE A MULA MANCA…

VEREADOR NÃO QUER NEM SABER SE A MULA MANCA…

O vereador Flávio Medina, de Pará de Minas, dentro da filosofia de seu mandato parlamentar, tem se conduzido numa oposição feroz a tudo que emana da prefeitura e do prefeito Antonio Júlio. Agora o vereador se manifesta contrário à reforma por que passará o Palácio José Porfírio de Oliveira, sede da municipalidade. Até as árvores da Praça Afonso Pena sabem que o paço municipal está em pandarecos, o vereador também sabe, mas quer mesmo é rosetar, não importando se a mula é manca. Inaugurado em 1982, ao final do segundo mandato do prefeito que lhe empresta o nome, o edifício passou desde então por duas rápidas reformas: a primeira, em 1997, no período Eli Pinto de Faria e a noutra no começo deste século sob ordens do prefeito Inácio Franco. A construção foi projetada para receber mais dois andares, inclusive o fosso do elevador sobe além do quarto andar outros doze metros. Com o número de funcionários sempre crescente, tornando impossível que todos fiquem alocados nas repartições, puxadinhos ridículos foram improvisados ao longo dos tempos, praticamente obstruindo os corredores. O Corpo de Bombeiros já condenou esta prática. O ideal seria a administração construir os andares que faltam e solucionar de vez o problema de acomodação dos burocratas. A mini-reforma vem em boa hora e todos que conhecem a situação atual do prédio concorda com isto, menos o vereador Medina, fiel ao papel que criou para si mesmo. O vereador, engenheiro de formação, poderia contribuir muito com a cidade se não fosse tão renitente. Caso a reforma que está para se iniciar não acontecesse, ano que vem, com eleições, a crítica seria pelo abandono do patrimônio público.

SECRETÁRIO IRREDUTÍVEL

Secretário Municipal de Planejamento desde o primeiro mandato do prefeito Inácio Franco, o engenheiro Jurandir Faria Leitão alia competência com irascibilidade. O secretário fala pouco, parece não se sentir bem em entrevistas e quando pressionado por reivindicações às vezes justas da população, costuma decidir sem dialogar com as partes envolvidas, contrapondo às queixas a sua imperial decisão. Foi assim na recente decisão de suprimir o estacionamento de veículos na Avenida Presidente Vargas, pista sentido centro. As faixas amarelas foram pintadas no meio-fio, quase de surpresa. Claro que os comerciantes protestaram, pois o movimento de suas lojas caíram em média trinta por cento. O secretário chegou a receber representantes dos comerciantes, acompanhados pelo presidente da ASCIPAM, que pediu a reunião. Na ocasião só secretário falou, mantendo-se irredutível em não voltar atrás nas medidas adotadas. Semana passada os comerciantes fizeram manifestação insistindo na revogação das medidas. Em resposta, pela mídia, Jurandir Leitão manteve o posicionamento e falou pelo menos uma abobrinha ao afirmar que a queda nas vendas das lojas afetadas deve-se à cise econômica que assola o país. O secretário sabe que não é bem assim. E ainda deixou aberta a possibilidade de estender a faixa amarela até a Câmara Municipal dois quilômetros acima. Tal decisão se tomada, em vez de incentivar a atividade comercial da Presidente vargas irá transformá-la em corredor de trânsito em breve espaço de tempo. Neste caso o comércio avançará pelas ruas dos bairros próximos: Raquel, São Francisco, Providência e Senador Valadares. E a Avenida Presidente vargas terá o mesmo destino de suas congêneres em Belo Horizonte: as avenidas Amazonas e Antonio Carlos. Pelo tempo que está secretário, o engenheiro já deveria ter encontrado soluções opcionais para o tráfego, soluções que dificultem o afluxo de veículos em direção ao centro da cidade. Enquanto a Presidente Vargas está quase sempre congestionada, duas boas opções como a avenida Orlando Maurício dos Santos e rua José Victor de Paiva, que ligam as zonas leste e norte da cidade, são pouco usadas. Por essas vias é possivel deslocar-se do bairro Santa Edwirge ao Grão-Pará em dez minutos. Em vez da meia hora que se gasta atualmente pelas vias convencionais.

SECRETÁRIO SUMIDO

Secretário Municipal de Obras, o vice-prefeito Geraldinho Cuica, quase não é visto mais em seu posto de gasolina localizado na avenida Presidente Vargas, em frente à zona conflagrada pela faixa amarelas. Cuica não quer saber de problemas, muito menos de seus vizinhos. Procurado pelos vizinhos de frente para ajudar na solução do problema, usou o método tucano de ficar em cima do muro: nem contra nem a favor. Se haverá desgaste, que o colega do Planejamento, que nem é político, assuma a responsabilidade.

SECRETARIA INOPERANTE

Leitor deste blog questiona a razão pela qual eu deixei de comentar as ações da Secretaria Municipal de Esportes. Mas comentar o que, se o órgão não faz nada? Quando faz, erra em quase tudo, pelo visto a opção é por não fazer.
Penso até que, mais cedo ou mais tarde, tão volumosa é a queda de receitas da prefeitura, que em determinado momento, mesmo a contra gosto, o prefeito AJ terá de demitir funcionários. Quando este dia chegar, as demissões poderão começar na SEMELT. Lá os salários são elevados, não compensam o custo-beneficio. E quase nenhum dos ocupantes dependem do ganhame público, pois todos têm outras atividades profissionais paralelas, garantidas, livres de críticas. As nomeações foram políticas, caiu-lhes no colo, mesmo não tendo compromisso político, nem eleitoral,com a administração. Se demitidos talvez nem balancem a passarinha. A secretaria de Esportes infelizmente não vingou. Era para ser o carro-chefe da administração, considerando a paixão do prefeito pelos esportes e o apoio irrestrito que tem dado à pasta. Com cinco vezes mais funcionários do que o setor tinha nas gestões anteriores, o resultado tem sido pífio até agora.

CIDADE OLÍMPICA

Eu participei de TODAS as reuniões do Conselho de Campanha do candidato Antonio Júlio nas eleições passadas. Era um grupo fixo de pessoas, com o objetivo de elaborar um plano de governo para cada área. Para o esporte, desde o começo ficou acertado que uma secretária exclusiva seria criada, o que acabou acontecendo. Os eventos seriam muitos, criando um clima olímpico na cidade aproveitando a deixa da Copa das Confederações, da Copa do Mundo e da Olimpíada, com foco maior nesta. O projeto previa a criação dos JOGOS ABERTOS de PARÁ DE MINAS, para atletas de ambos os sexos, divididos em três categorias: sub-15; sub-18 e adultos. As modalidades seriam as mais populares na cidade: futsal, voleibol, handebol, basquetebol, futebol, natação, artes marciais, ciclismo, atletismo (corrida de rua e algumas provas de pista). Para os desportistas mais erados (ou não) jogos de mesa: xadrez, damas, truco.
As associações de bairro seriam convocadas a participar, ficando encarregadas da formação das equipes.

Se o entusiasmo tivesse prevalecido em 2013, primeiro ano de governo, teria sido realizada a fase classificatória, com a habilitação de oito bairros em cada modalidade citada. Em 2014 aconteceria a fase final dos Jogos Abertos, com as competições centralizadas no Clube Praça de Esportes e na AABB. Em 2015, agora, estaria acontecendo a fase de classificação para os Jogos de 2016, no embalo do PAN de Toronto e os grandes Jogos em 2016, um pouco antes ou um pouco depois dos Jogos do Rio.

Seria trabalhoso realizar tudo isto? Claro que sim. Mas o prazer de fazer, de levar outras opções esportivas aos nossos jovens e de lazer ao restante da população, compensaria qualquer trabalho.

A cidade voltaria a respirar esportes como já respirou um dia. Quem viveu a década de 1980, ou a segunda metade da década de 1990, sabe disto. JEPAM, JIMI, TAÇA BH de FUTEBOL. Os JOGOS ABERTOS DE PARÁ DE MINAS seriam a consagração disto tudo. Infelizmente perdemos quatro anos. Por preguiça técnica, eu diria.

Eu nem comentei os dividendos políticos, com os JOGOS acontecendo sempre nos anos pares, quando ocorrem as eleições no Brasil

Podem chamar de sonho, mas “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”.
(LUIZ VIANA DAVID)

Luiz David

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