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ÁGUA, TRÂNSITO, PUBLICIDADE E UMA CUTUCADA POLÍTICA

BOLETOS CHEGANDO

A concessionária Águas de Pará de Minas iniciou o processo de entrega das contas aos consumidores. É o primeiro boleto que está chegando, com valor único, taxa mínima, seja para uma mansão no condomínio Dona Flor ou para um barraco lá nos confins do Grão-Pará. A razão desta conta comum a todos é que a “AGUAPAM” não conseguiu fazer a tempo a leitura de todos os hidrômetros e a empresa precisa faturar.

Tenho encontrado com funcionários da empresa pelas ruas da cidade levando nas mãos um pacote de boletos a serem entregues. Alguns estafetas parecem mais perdidos do que cegos em tiroteio, demonstrando insegurança na localização dos endereços. Pode ser que a concessionária esteja precisando de uma assessoria especializada, de alguém que conheça todos os becos sem saída e quebradas de Pará de Minas. Alguém que tenha trabalhado nos Correios , por exemplo. Um carteiro aposentado, para ensinar o caminho das pedras aos funcionário. Pensei no popular e estimado postalista Paulinho Galinho (Paulo Pereira Lima), aposentado há alguns anos, mas que conhece todas as vielas e pontas de aterro da cidade.

Espero que alguém leve a sugestão até à diretoria da concessionária.

Se os boletos chegarem depois do vencimento a gritaria certamente será geral.

FALTOU COMUNICAÇÃO
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O Departamento Municipal de Trânsito começou a implantar algumas mudanças no tráfego de veículos na avenida Presidente Vargas, a mais movimentada via da cidade, por cujas pistas passam mais de vinte e seis mil veículos/dia
A primeira medida, que já causa enorme rebuliço na região, foi a proibição de estacionamento no primeiro quarteirão da avenida, pista sentido centro, entre a Rua Godofredo de Oliveira e a avenida Mathias Lobato. A intenção das autoridades do trânsito é dar maior fluidez ao tráfego que segue em direção ao centro da cidade, e às avenidas Alano Melgaço e Antonio Rocha. O espaço antes permitido ao estacionamento, se torna uma pista de rolamento, principalmente para veículos que vão virar à direita na Mathias Lobato, onde se localizam dois enormes super-mercados.

Obviamente que foi geral a chiadeira dos comerciantes afetados pela mudança. Sem o benefício de poder estacionar na porta, os clientes certamente irão procurar outras lojas, noutro lugar, onde possam parar o carro. E os lojistas temem perder essa freguesia.

Outras mudanças estão previstas na região, como por exemplo transformar as ruas transversais à avenida em via de mão única. A rua Godofredo de Oliveira, por exemplo terá sua mão no sentido bairro; já a rua Raquel Ferreira será a única de todo o bairro Raquel a dar acesso à Presidente Vargas. As duas ruas serão opções para quem precisar estacionar enquanto vai às compras.

Geralmente, mudanças tão radicais costumam ser anunciadas com grande antecedência e muitas faixas indicando essas mudanças são espalhadas pela região onde ocorrem. Não foi este o caso. O que houve foi aquela conversa que ninguém sabe de onde surgiu, sem maiores explicações. Mas ainda da tempo de corrigir. Pelo menos até a manhã desta segunda-feira, nenhum acidente foi registrado. Mas a cidade estava vazia por conta do feriado prolongado.

Outro detalhe que chamou a atenção, na pressa de colocar as novas placas da sinalização vertical, não houve preocupação nenhuma com a qualidade do serviço. As placas ficaram praticamente soltas e móveis e a cada momento estão viradas para um lado diferente.

E a Polícia está multando os motoristas incautos e desavisados.

PROTECIONISMO NA PUBLICIDADE OFICIAL? A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR.

Pode ser impressão minha, mas tenho notado que desde a saída do jornalista Wagner Vidal da chefia de comunicação da prefeitura de Pará de Minas, que as ações efetivadas por secretarias comandadas pelo PSDB ganharam destaque na divulgação oficial. Vidal fazia um trabalho mais equânime, divulgava tudo em iguais proporções. Sua sucessora no cargo trabalhava antes no gabinete do deputado federal tucano Eduardo Barbosa e assumiu prestigiadíssima.

De repente, entrega de cinquenta kits a um programa social que funciona na AABB; ou a corriqueira limpeza urbana nos bairros, com retirada de entulhos; ou o passeio mensal ao Parque Bariri de uma centena de garotos da periferia, viraram manchetes na mídia.

Os três secretários tucanos ocupam praticamente todo o espaço publicitário oficial. E os outros secretários, desvinculados a partidos, ou do partido do prefeito, o PMDB,vão ficando cada vez mais invisíveis. Exceção para o secretário da Cultura, o peemedebista Lu Pereira, que pelo menos no organograma é o responsável pelo setor e está imune a qualquer tentativa de esvaziamento.

O PSDB que na campanha eleitoral indicou o candidato a vice na chapa, entrou apenas com os seus cinco minutos na tevê, na propaganda eleitoral. E só. Nem chapa completa para vereadores conseguiu formar.
Começou o governo com duas secretarias: Ação Social e Esporte. Já está com três, com o remanejamento de Geraldinho Cuíca para a secretaria de Obras. Todas de grande visibilidade. E não escondem os tucanos que querem mais.
Quem sabe até a cadeira do prefeito?

Pré-candidatos não faltam aos tucanos, entre eles Dona Darcy Barbosa, derrotada duas vezes (2004 e 2008); Geraldinho Cuica, atual vice-prefeito, pelo simples fato de que todo cabo quer ser sargento, assim como todo capitão quer virar major e todo vice quer substituir o titular. O herdeiro de dona Darcy e Eduardo Barbosa, o jovem advogado Daniel Fioravante também não esconde o sonho. Quem sabe, até o deputado Barbosa alimenta essa perspectiva?

Pretensões justas aliás, e legalmente possíveis.

O PMDB que se cuide em Pará de Minas. Aqui o partido dorme com o mais provável adversário nos próximos embates eleitorais.

Vovó Emerenciana já dizia uma frase que acredito ninguém ainda ouviu “O pior cego é aquele que não quer ver”.
(LUIZ VIANA DAVID)

Luiz David

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