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AS SUCESSÕES MUNICIPAIS EM PARÁ DE MINAS – 1947/2017

CAPÍTULO I –

A PAZ VEM DA SACRISTIA

A queda do ditador Getúlio Vargas em 29 de outubro de 1945 deu inicio ao processo de redemocratização do Brasil, após quinze anos de poder discricionário. Mesmo governando o país por tão longo tempo, o ditador costumava se referir a ele, talvez de forma irônica, como “curto período”. Nenhum governante ficou tanto tempo no Poder como Getúlio. Apenas o imperador D. Pedro II, na época do Império, que reinou e exerceu o Poder Moderador por 49 anos consecutivos, mas o cargo era vitalício. Getúlio Vargas chegou ao cargo em 3 de novembro de 1930, chefiando o movimento aliancista, de Aliança Liberal, que congregava os adversários do presidente da República, Washington Luiz. O rompimento do acordo explícito da política do “café-com-leite”, que previa a rotatividade entre políticos mineiros e paulistas no cargo de presidente da República, considerando que em 1930 seria a vez do mineiro Antonio Carlos, que não aconteceu, pois o presidente Washington Luis rompeu o acordo e indicou como candidato o paulista Júlio Prestes. Isto, somado às contundentes denúncias de fraudes nas eleições presidenciais de 1º de março de 1930, foram alguns dos fatores preponderantes para a deflagração da revolução.
De fato, as fraudes foram grotescas e absurdamente escandalosas, o que não era novidade nas eleições realizadas sob a égide da Constituição de 1891. O pleito, colocou em posições opostas o político paulista Júlio Prestes, apoiado pelo governo federal e o governador gaúcho Getúlio Vargas, que teve o apoio dos estados de Minas Gerais e da Paraíba. No período histórico (1889/1930) conhecido como “República Velha”, o direito ao voto era restrito apenas a uma parcela da população. Mulheres não votavam, fato que por si já eliminava metade do eleitorado; analfabetos também não; e eles representavam mais da metade da população acima de 21 anos, idade mínima para se obter o título de eleitor. Para se ter ideia do tamanho da fraude e como ela era comum aos dois lados, no Rio Grande do Sul Vargas obteve nada menos do que 93% dos votos; proporção idêntica à votação de Júlio Prestes em seu estado natal, São Paulo. Ao final da contagem, Júlio Prestes foi declarado vencedor com pouco mais de um milhão de votos; contra 744 mil votos dados a Vargas, que jamais reconheceu a sua derrota.
Entre a eleição e a posse marcada para novembro, havia um “interregno” de sete meses, tempo que Vargas soube aproveitar para subverter o resultado eleitoral. E contou com o fato extraordinário de seu colega de chapa, João Pessoa, ex-governador da Paraíba, ter sido assassinado em 26 de julho de 1930, na cidade de Recife. Os motivos do assassinato foram passionais, mas na fervura dos acontecimentos , foi transformado em crime político pela imprensa opositora ao governo, principalmente jornais de propriedade do jornalista paraibano Assis Chateaubriand, importante conspirador aliancista. Após ser velado por dois dias na cidade da Paraíba, capital que tinha então o mesmo nome do estado, o corpo do ex-candidato a vice-presidente foi levado para ser sepultado no Rio de Janeiro. A ideia do traslado foi de Chatô, apelido pelo qual o jornalista era conhecido. O féretro naval fez paradas nos portos de todas as capitais do nordeste abaixo de Recife: Aracaju, Maceió, Salvador e Vitória, mobilizando milhares de manifestantes a cada escala; só chegando ao Rio de Janeiro no dia 7 de agosto, um dia depois do retorno de longa viagem à Europa do candidato eleito Júlio Prestes, que teve fria recepção. O esquife com o corpo de João Pessoa ao contrário, foi recebido por estimadas oitocentas mil pessoas, mais da metade da população da cidade que tinha um milhão e quinhentos mil habitantes. O cortejo fúnebre de João Pessoa incendiou o país, com a opinião pública cada vez mais insuflada contra o presidente Washington Luiz. Finalmente, em 24 de outubro, sob o argumento de evitar derramamento de sangue entre brasileiros numa iminente guerra civil, o militares afastaram do cargo o presidente, que foi preso e levado para o Forte de Copacabana e depois enviado ao exílio na França. No dia 3 de novembro, a Junta Militar formada pelos generais Tasso Fragoso, Menna Barreto e pelo almirante Isaias de Noronha, assumiu o governo e empossou Getúlio Vargas no cargo de Chefe do Governo Provisório, que apesar do nome, durou 15 anos.

Vitoriosa a revolução,imediatamente foram fechadas as casas representativas do Poder Legislativo: Senado da República, Câmara do Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais. Presidentes de Estado e agentes executivos, foram todos destituídos de seus cargos e substituídos por interventores nomeados pelo ditador, após indicação das lideranças políticas aliadas à revolução. Foi a partir de 1930 que passou a prevalecer a denominação de “Governador” para o chefe máximo do poder executivo estadual; e de “prefeito” para o extinto cargo de Agente Executivo/Presidente da Câmara, nos municípios.
O novo regime, auto-denominado “Governo Provisório”, desde o início não escondeu o seu caráter ditatorial. O próprio Ministro da Justiça recém-nomeado por Vargas, o também gaúcho Oswaldo Aranha, declarou à imprensa:

“A Revolução não reconhece os méritos adquiridos. Esses direitos eram decorrentes da Constituição, mas esta já não existe. Estamos diante de uma situação de fato e não de direito. Estamos, enfim, numa situação revolucionária plenamente vitoriosa”.

Em Minas Gerais, Olegário Maciel, seguiu no cargo de Presidente do Estado, agora como interventor. Por deferência de seus pares continuou recebendo o tratamento de governador, pois na verdade havia sido eleito e empossado no cargo menos de dois meses antes, em 7 de setembro. Olegário havia sido um dos grandes lideres da revolução, agindo sob orientação de seu antecessor, o ex-presidente do Estado, Antonio Carlos, na época, a principal liderança política de Minas e um dos pivôs da revolução, ainda que involuntariamente.

Em Pará de Minas, no dia 6 de outubro de 1930, o vereador Benedito Valadares Ribeiro, em nome do movimento revolucionário vitorioso, acompanhado de alguns apoiadores todos armados de fuzis, tomou a sede da Câmara (prefeitura) e depôs o Agente Executivo, vereador Tenente (título honorífico) Julio de Melo Franco, que havia se retirado do paço momentos antes de chegarem os revoltosos. Benedito Valadares assumiu o poder no mesmo dia 6 de outubro, tomando posse como prefeito municipal, o primeiro da história do município a ser assim reconhecido.

Em 1932 Benedito Valadares elegeu-se deputado federal, renunciando ao cargo de prefeito no dia 1º de março de 1933, empossando em seu lugar o próprio irmão Francisco Valadares Ribeiro, que posteriormente foi confirmado no cargo pelo governador Olegário Maciel.

Inesperadamente, no dia 5 de setembro de 1933, morre no Palácio da Liberdade, o governador Olegário Maciel.Interinamente, assume a interventoria estadual o deputado federal nascido em Pitangui Gustavo Capanema, que ocupava a Secretaria do Interior e Justiça do governo estadual. A disputa pelo cargo de Interventor em Minas foi bastante acirrada, com duas indicações sendo colocadas pelos aliados do ditador. Os nomes dos pretendentes foram os de Virgílio de Mello Franco e o do próprio Interventor interino Gustavo Capanema. Com a bancada de deputados federais mineiros dividida, Getúlio Vargas sabia que ganharia a antipatia da ala que não tivesse contemplada a sua indicação. E bem ao seu estilo, sem pressa nenhuma, adiou a nomeação pelo tempo que foi possível. Finalmente, optou por um “tertius”, um terceiro nome, que não constava de nenhuma lista, pegando de surpresa não apenas os políticos, mas todo o povo mineiro. Esse nome foi o de Benedito Valadares, que aproveitando o tempo em que durou a dúvida de Vargas, soube se insinuar junto ao ditador, aproveitando do parentesco deste com um concunhado seu, o major Ernesto Dorneles, casado com uma irmã de sua mulher, dona Odete Valadares. Mandava quem podia, e quem podia era Vargas, deste modo no dia 15 de dezembro de 1933, Benedito Valadares foi empossado no cargo de Interventor em Minas Gerais, cargo que ocuparia nos doze anos seguintes. Um de seus primeiros atos foi o de confirmar no cargo de prefeito de Pará de Minas seu irmão Francisco “Chiquinho” Valadares, que nele permaneceu até 19 de novembro de 1945. Vinte e um dias antes, em 29 de outubro, as Forças Armadas tinham derrubado a ditadura de Getúlio Vargas, provocando um “efeito dominó” levando a queda, país a fora, de todos os hierarcas nomeados por ele. Na enxurrada foram-se os irmãos Valadares Ribeiro, o interventor e o prefeito.

Depois de 15 anos, o “curto período” varguista chegou ao fim. A figura de um ditador na chefia do país havia se tornado incompatível com o clima de liberdade política que varria o planeta, após a vitória das nações aliadas sobre as forças do assim chamado “eixo”, formado principalmente pela Alemanha, Itália e Japão. O Brasil sob Vargas, havia adotado uma política pendular, que ora demonstrava simpatia ao fascismo italiano, ou ao nazismo alemão. Sem contudo deixar de cultivar uma política de boa vizinhança com os Estados Unidos da América do Norte. A demora dos estadunidenses em se posicionarem oficialmente contra os ditadores Mussolini, Hitler e o militares japoneses, certamente favoreceu o vai-e-vem de Vargas. O ditador brasileiro somente perfilou o país com as nações democráticas adversárias do Eixo Berlim/Roma/Tóquio, após o ataque nipônico à base naval americana de Pearl Harbor, no Hawai, em 7 de dezembro de 1941; e do afundamento de navios mercantes brasileiras por submarinos alemães, em águas territoriais brasileiras, que causaram a morte de centenas de civis brasileiros. Mas antes de enviar uma força expedicionária brasileira com mais de 23 mil pracinhas, para lutar na Europa ao lado dos países aliados; e conceder autorização para os americanos construírem uma base aérea em Natal (RN), o ditador Getúlio Vargas ainda conseguiu arrancar dos americanos a construção de uma usina de aço em Volta Redonda (RJ), a Companhia Siderúrgica Nacional, um sonho brasileiro de mais de duzentos anos.

Nos quinze anos em que chefiou o país, Getúlio Vargas jamais encontrou facilidades. Quando perceberam que o tal do regime provisório proclamado por Vargas, não passava de uma promessa que não seria cumprida, os paulistas começaram a exigir com veemência a imediata reconstitucionalização do país, com a realização de eleições presidenciais. Com tal estardalhaço dos paulistas principalmente, a situação política se agravou ao ponto de em 1932 ser deflagrada uma guerra civil, opondo tropas federais leais ao governo, aliadas a efetivos da Força Pública mineira (nome antigo da Policia Militar de Minas Gerais), contra tropas federais rebeladas sediadas em São Paulo que tinham o apoio da Força Pública paulista. O palco das batalhas foi a região do túnel da Mantiqueira, na cidade de Passa Quatro, sul de Minas Gerais. Centenas de tropas dos dois lados morreram nas sangrentas batalhas. A cidade de Campinas chegou a ser bombardeada. Finalmente as tropas leais ao ditador venceram a guerra fratricida, que entrou para a história como “Revolução Constitucionalista de 1932”. O ditador pressionado, então convocou eleições gerais para 1933, quando foi eleita uma Assembléia Nacional Constituinte, que em 1934, um dia após ser promulgada, elegeu-o para o cargo de Presidente da República. Mas não houve paz por muito tempo. Em 1935 o regime agora constitucional, enfrentou a tentativa de golpe dos comunistas chefiados por Luiz Carlos Prestes que acabou preso e teve sua mulher, a alemã Olga Benário, grávida, entregue aos nazistas pelo governo brasileiro. Em 1937 foi a vez dos integralistas, liderados por Plínio Salgado, tentarem derrubar Getúlio, que se antecipou ao golpe, mandou prender todos os envolvidos e na sequência proclamou o chamado “Estado Novo”, fechando o Congresso e as Assembleias estaduais, cancelando a Constituição de 1934 e promulgando uma outra, escrita ás pressas pelo jurista mineiro Francisco Campos, uma mente privilegiada, apelidado “Chico Ciência”, nascido em Dores do Indaiá. A Constituição, redigida pelo ilustre cidadão dorense, foi chamada de “Polaca” por ter sido inspirada na Constituição polonesa. Foi uma Carta altamente repressiva, cassou todos os direitos individuais dos brasileiros, endureceu o regime e mergulhou país numa cruel ditadura, que durou até 1945.

Por ironia do destino, muitos dos oficiais das forças armadas que defenderam a revolução getulista em 1930, estavam, quinze anos depois, em postos de alta patente, muitos deles carregando nos ombros as estrelas do generalato, contribuíram para a deposição do ditador em 29 de outubro de 1945, depois do retorno dos pracinhas que lutaram na Europa e de meses de intensa agitação nas ruas e nos quartéis, cobrando do ditador a marcação da data das eleições presidenciais. Ia começar a redemocratização do país. A primeira, pois quarenta anos depois o Brasil viveria novamente o mesmo processo, após outro regime ditatorial, desta vez militar, quando entre 1964 a 1985, cinco generais se revezaram na Presidência da República. Mas isto é outra história.

As eleições presidenciais estavam marcadas para o dia 2 de dezembro de 1945. Como os partidos políticos estavam extintos, outros foram criados para abrigarem os candidatos. Ainda no poder e com imensa vontade de continuar onde estava, Getúlio Vargas fundou o PTB – Partido Trabalhista Brasileiro. Queria ser candidato à sua própria sucessão, pelo partido que na sua visão seria de fato dos trabalhadores do Brasil. Sua intenção foi abortada pelas Forças Armadas como já dito pouco acima, em 29 de outubro. O PTB acabou se aliando durante a campanha, ao PSD -Partido Social Democrático, fundado na mesma época em meados de 1945, tendo como presidente nacional o ainda Interventor mineiro, Benedito Valadares. O PSD era o partido formado principalmente pelos interventores estaduais, prefeitos e pela elite agrária nacional e o seu candidato era o general Eurico Gaspar Dutra, ex-ministro da Guerra de Getúlio e Comandante da FEB na Europa. Dutra passou a ser também o candidato de Getúlio Vargas, depois que este percebeu que sua própria candidatura não ia vingar.
Para enfrentar o candidato oficial foi lançado pela UDN -União Democrática Nacional, o brigadeiro Eduardo Gomes. A UDN era o oposto do PSD. Era um partido que encantava as populações urbanas, as camadas de profissionais liberais de uma ascendente classe média; os estudantes, os funcionários públicos e boa parte da intelectualidade nacional.
Legalizado pela Justiça Eleitoral, o PCB -Partido Comunista Brasileiro, fundado em 1922, funcionando sempre na clandestinidade, tinha como principal líder Luiz Carlos Prestes, o “Cavaleiro da Esperança” uma figura mítica no imaginário do povo brasileiro. Mas o candidato presidencial do PCB foi Yeddo Fiúza, membro histórico do partido. Um quarto candidato, Mário Rolim Telles, do inexpressivo Partido Agrário Nacional, também concorreu.
O candidato oficial, General Eurico Gaspar Dutra, foi o vitorioso nas eleições, as primeiras realmente livres, com voto das mulheres e dos maiores de 18 anos. Mais de seis milhões de brasileiros compareceram às urnas. Não houve noticias de fraudes nessas eleições e o resultado final foi aceito pacificamente, com o Marechal Dutra sendo empossado em 31 de janeiro de 1946, recebendo a faixa presidencial do Presidente em exercício José Linhares, Presidente do STF, que exerceu o cargo após a deposição de Vargas em 29 de outubro.

O resultado final da eleição para Presidente do Brasil em 1945 foi o seguinte:Eurico Gaspar Dutra (PSD/PTB) 3.251.507 / 55,39% – Eduardo Gomes (UDN)2.039.341 / 34,74% – Yeddo Fiúza (PCB)569.818 / 9,71% – Mário Rolim Telles (PAN) 10.001 / 0,17%.

Nas eleições para a Assembléia Nacional Constituinte realizadas na mesma data, Benedito Valadares elegeu-se como o candidato a deputado federal constituinte com maior votação no Estado de Minas, recebendo votos praticamente em todos os municípios mineiros.

Como previa a Constituição de 1946, cento e vinte dias após a sua promulgação deveriam se realizar eleições gerais no Estados, nos territórios e no Distrito Federal, para preenchimento dos cargos de governador, deputados estaduais constituintes e de vereadores no Distrito Federal.
Em Minas Gerais elegeu-se governador o advogado Milton Campos, pela UDN, derrotando o candidato do PSD, José Francisco Bias Fortes.

Agora só faltavam as eleições municipais para completar o processo de redemocratização, quando, depois de 21 anos, os cidadãos iriam às urnas eleger pela primeira vez, de forma direta e secreta, o prefeito e os vereadores de seus respectivos municípios. A última eleição municipal ocorrida em Pará de Minas foi ainda em 1926, de forma indireta, quiçá fraudada, como era habitual na Velha República, quando os vereadores elegeram para Agente Executivo, o vereador Julio Melo Franco. As eleições de 1947 aconteceram na segunda metade do ano e em Pará de Minas foi eleito prefeito o candidato único, padre José Viegas da Fonseca, que era o vigário da cidade.

Da mesma forma ocorrida após a queda de Benedito Valadares do governo estadual, quando entre seu afastamento e a posse do governador legitimamente eleito, o Estado foi governado por vários Interventores. Na maioria dos municípios, inclusive Pará de Minas, a situação política também não estava pacificada. Vinte e um anos longe do poder, seja ele em qualquer nível, deixaram saudosos aqueles que foram afastados pela Revolução Varguista de 1930. No âmbito estadual nada menos do que cinco interventores assumiram o governo: Nísio Batista de Oliveira (Presidente do Tribunal de Justiça) de 4 de novembro de 1945 a 3 de fevereiro de 1946; João Tavares Correia Beraldo, de 3 de fevereiro de 1946 a 14 de agosto de 1946; Júlio Ferreira de Carvalho de 14 de agosto de 1946 a 16 de novembro de 1946; Noraldino Lima, de 17 de novembro de 1946 a 20 de dezembro de 1946; Alcides Lins, de 21 de dezembro de 1946 a 19 de março de 1947, quando transferiu o cargo ao candidato eleito Milton Campos. Todas as “trocas de guarda”, digamos assim, foram provocadas por interesses políticos.

Afastado do cargo de prefeito em 19 de novembro de 1945, Francisco Valadares transferiu o cargo ao Interventor, Juiz de Direito da Comarca, o pará-minense Dr. Geraldo Ferreira de Oliveira. Eis que no dia 5 de dezembro, apenas dezessete dias depois de ser afastado, Chiquinho Valadares é reconduzido ao cargo, (ainda acumulando as interventorias de Pequi e Mateus Leme) onde permaneceu até o dia 1º de março de 1946, quando transferiu ao sucessor José xavier de Melo, que nele permaneceu até o dia 6 de janeiro de 1947. Nesta data assumiu José Vicente Marinho ( Juca do Ricardo) que permaneceu até o dia 16 de abril de 1947, quando cedeu a cadeira a Carmério Moreira dos Santos, que nela permaneceu até o dia 31 de janeiro de 1948, quando finalmente foi empossado Padre José Viegas da Fonseca, o primeiro prefeito legitimamente eleito, pelo voto secreto e direto de seus concidadãos eleitores. Padre Viegas exerceu todo o mandato para o qual foi eleito, transferindo a prefeitura ao seu legítimo sucessor, três anos depois, em 31 de janeiro de 1951.

Foram cinco os interventores estaduais e cinco os interventores municipais em Pará de Minas. A troca do comando no Estado levava quase que imediatamente à troca do comando no município. O jogo político era duríssimo em Pará de Minas e muitas pessoas temiam o retorno dos terríveis tempos que mancharam a política municipal. Entre 1914 e 1930, as disputas foram acirradas entre os grupos que dividiram a cidade entre “torquatistas”, fiéis seguidores do coronel Torquato Alves de Almeida e “orsinistas” não menos fiéis ao seu líder Wan-Dick Orsini. A tal ponto estava a rivalidade, que aliados de Torquato evitavam passar na calçada ao lado de casas habitadas por oposicionistas, e a recíproca era verdadeira. Nas hostes da oposição figurava o vereador Benedito Valadares. Naquele período, entre 1914 a 1930, pelo menos dois fatos gravíssimos abalaram a cidade, levando o nome de Pará de Minas às manchetes até mesmo da imprensa nacional, de forma infelizmente negativa. O primeiro episódio, ocorrido em 16 de julho de 1916, foi o assassinato do cidadão Luiz Orsini de Castro, pai de Wan-Dick Orsini. O violento crime, pela suas circunstâncias tenebrosas, abalou o Estado, pois a vítima, orador eloquente e vigoroso propagandista da causa republicana em todo o estado, nos idos de 1870/1890, negociante de profissão, que comprava e vendia mercadorias trazidas do Rio de Janeiro. Luiz Orsini era nascido em Montes Claros, havia se casado com moça da cidade de Pitangui e no Pará de Minas tinha fixado sua residência, na “Chácara Orsini”, onde em 2017 funciona a Escola Municipal de Artes e Oficios “Sica”, um talentoso e auto-didta artista plástico, falecido em 1990. Luiz Orsini, um liberal, era adversário político do coronel Torquato de Almeida, conservador e cidadão mais importante da cidade. Era o Presidente da Câmara (Agente Executivo) desde 1912, industrial poderoso, presidente da Companhia Industrial Paraense, do Centro Literário, da Comissão Construtora da nova sede do Hospital e principal liderança política de Pará de Minas. Orsini e o coronel tinham propriedades confrontantes e discutiam na justiça a divisa de seus terrenos; além de severas desavenças políticas. O fato, é que por volta das dez e meia da manhã, à saída da missa que tinha acabado de assistir na igreja-matriz, praticamente sob o umbral de uma porta lateral, o veterano cometa republicano foi abatido por violenta punhalada pelas costas, desferida pelo cidadão Cornélio Moreira, fiel seguidor do coronel Torquato, de cuja esposa era parente. O coronel naqueles dias se encontrava no Rio de Janeiro, para onde sempre viajava a negócios. O assassino foi preso algumas horas depois e meses mais tarde foi condenado a oito anos de prisão. O comentário na cidade naqueles dias que se seguiram ao crime davam conta de que naquele domingo fatídico, em cada porta da igreja havia um sicário armado, pronto para executar a sentença contra Luiz Orsini, que estava sem saída e não sabia. A opinião pública se dividiu e dividida permanece cem anos depois, sobre se foi um crime de mando, neste caso o mandante teria sido coronel Torquato que estrategicamente tinha seguido para o Rio ou se foi uma decisão pessoal de Cornélio Moreira, a de eliminar Orsini, que dias antes tinha publicado um artigo no jornal da oposição, fazendo críticas e ironizando o adversário.

Outro episódio que contribuiu para a má fama de Pará de Minas de cidade violenta, foi o incêndio criminoso que destruiu o prédio da Câmara Municipal (Prefeitura) na praça Afonso Pena, na noite de 26 de abril de 1923 praticamente o destruindo. O Agente Executivo desde 1922 era o advogado Aristides Milton, aliado do coronel Torquato, a quem havia substituído no cargo. Novamente a oposição acusa o coronel de ser o mandante do nefasto crime. Os oposicionistas argumentaram que não tinham motivos para cometer o ignominioso atentado, pois estavam fora do poder há mais de onze anos; e que o coronel sim, tinha o que temer e talvez esconder, pois esteve no comando da Câmara entre 1912 até 1922. Apesar de todas as evidências apuradas pelo Delegado Especial de Policia enviado pelo Governo do Estado, ninguém foi acusado formalmente pelo ato criminoso. Em seu relatório, o delegado especial, dr. Clóvis de Carvalho, responsável pelo inquérito, livrou as lideranças tanto da situação como da oposição de qualquer envolvimento, mas nas entrelinhas, deixou a entender que o atentado foi cometido por adeptos da oposição.

Com a ascensão meteórica de Benedito Valadares, entre 1930 e 1933, quando foi de vereador a Interventor/Governador do Estado, com rápida passagem pela Câmara Federal, o grupo a ele ligado assumiu o controle político no município nos quinze anos seguintes. Como o regime era discricionário, restou ao Coronel Torquato e aos seus correligionários, aceitarem a situação, seguindo o velho e antigo adágio popular “contra a força não existe argumento”. Com a Câmara Municipal fechada, jornais censurados, restava aos torquatistas resmungar baixo e torcer para que a ditadura varguista acabasse logo e levasse junto os irmãos Valadares. Mas o Coronel e o seus tiveram que esperar quinze longos anos. Os mais afoitos e despudorados que não suportaram ficar longe do poder, logo aderiram ao novo “status quo”, ao ponto de certa vez, desconfiado de que determinado amigo estava dando sinais de que ia mudar de lado, passando para a situação, o coronel o interpelou querendo saber aonde ia tão bem arrumado. O velho amigo não teve peia em responder ao líder: – estou indo à prefeitura aderir ao Valadares. Já são dois anos de oposição e eu não aguento mais. Ser oposição é muito bonito para o senhor, coronel, que é rico e não depende de nenhum governo para se dar bem. E tenha uma boa tarde. E seguiu lépido e fagueiro ao encontro das benesses que só o poder proporciona.

Os pará-minense tinham receio de que aqueles tempos perigosos voltassem. Muitos dos torquatistas ainda estavam na ativa, politicamente falando. E não viam chegar o momento de irem às urnas para exercitarem a revanche, elegendo prefeito um dos seus. O próprio coronel Torquato poderia se habilitar. Em dezembro de 1947, quando se dariam as eleições municipais ele tinha setenta anos de idade, mas ostentava boa saúde e podia aspirar seu retorno pelas vias democráticas. Seu grande adversário, Benedito Valadares, era deputado federal e presidente nacional do PSD, o mais importante partido do país, mas não era imbatível. No começo daquele ano, Valadares se candidatou a vaga ao Senado por Minas que estava para ser preenchida, e perdeu para o candidato do PR, Arthur Bernardes Filho. O velho coronel pode ter entendido a derrota de Valadares como um prenúncio de decadência; mas se esqueceu que ele próprio, pela primeira vez tinha se arriscado a uma disputa estadual, concorrendo a uma cadeira na Assembleia Legislativa, sendo fragorosamente derrotado, obtendo uma votação ridícula, que não alcançou a casa de mil votos. Talvez tivesse chegado a hora de apoiar alguém de seu grupo político, que tivesse compartilhado com ele os longos anos de solidão política. Havia alguns nomes, o do jovem advogado Odilon Rodrigues de Sousa era um deles, era um dos fundadores do diretório local da UDN, partido do Governador Milton Campos e casado na família Abreu tradicionalmente sua aliada. José Vicente Marinho, o Juca do Ricardo, que havia sido Interventor por alguns meses era outro. O próprio tenente Júlio Melo Franco, que foi deposto por Valadares em 1930, ainda era bem jovem, nem havia chegado aos cinquenta anos. A UDN tinha bons candidatos e muitas chances de ganhar a eleição.
Pelo lado oposto, do PSD, o desgaste de quinze anos de poder, quando nem todas as demandas populares tinham sido atendidas e muito menos os anseios pessoais dos adesistas. Somados esses fatores podiam complicar o resultado do pleito. Mas, a favor do PSD havia a figura de Benedito Valadares, que se em 1930 foi extremamente corajoso tomando a prefeitura na marra agora usava toda a sua habilidade política em busca de uma saída honrosa.

Aos 55 anos de idade, Benedito Valadares continuava agindo como Presidente Nacional do PSD buscando tirar proveito desta situação. Ainda alimentava o sonho de chegar à Presidência da República, ou pelo menos voltar via eleições diretas ao cargo de Governador de Minas. Uma derrota de seu partido na sua cidade natal não seria bem vista pelos companheiros e talvez fosse encarada como inicio de decadência. Do Rio, Valadares monitorava a situação em Pará de Minas. Algumas vezes veio a Belo Horizonte, encontrar-se com antigos correligionários, para troca de idéias. A conclusão a que chegou não foi boa. O PSD ia perder as eleições em Pará de Minas, a não ser que… Que o PSD abrisse mão de uma candidatura própria e apoiasse um nome absolutamente neutro para encabeçar a chapa e que fosse de agrado também dos adversários. Benedito Valadares queria um candidato único na eleições e esse nome só podia ser o do padre José Viegas da Fonseca, Vigário da Paróquia e extremamente apolítico. Não tinha em suas atitudes a exuberância do saudoso Padre José Pereira Coelho, o Padre Zeca, este sim, um “animal” político, falecido em 1940. Padre Zeca nos tempos quentes da política pará-minense tinha a capacidade de juntar adversários inconciliáveis em eventos paroquiais. Já padre Viegas dedicava todo o seu tempo às coisas da Igreja, naqueles dias estava empenhado na construção da igreja de Nossa Senhora das Graças e no asilo que abrigaria meninas pobres e órfãs. Não queria saber de política, apesar de ter ficado sabendo que seu nome vinha sendo sussurrado nos encontros políticos. Padre Viegas também temia que os tempos difíceis e violentos voltassem.
Os udenistas porém não tinham muita convicção de que poderiam ganhar e a sugestão de uma candidatura única, que eles não sabiam ter sido ideia de Valadares, passou a ser considerada, ainda mais se o candidato fosse Padre José Viegas.

No Livro de Tombo da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, estão assim lançados os acontecimentos pelo próprio Vigário: “… -Até 15 de outubro tudo corria bem e não deixou de ser admirado por todos a sua atitude. Neste dia os partidos em número de cinco, depois de muitos debates e propostas, não sendo possível chegar a um acordo que garantisse a eleição pacífica e serena no município, algum partido resolveu apresentar alguns nomes, dentre eles o do vigário para aceitar a prefeitura, como candidato único de uma coligação. A aceitação foi unânime e logo naquela mesma reunião encaminharam um honroso oficio… Terminava naquele momento a reunião da A.C. da Senhoras quando o vigário, depara na porta da Casa Paroquial com uma turma numerosa de de elementos de todos os partidos, portadora do tal oficio. A princípio não teve surpresa, porque estava habituado a receber inúmeras vezes aqueles indivíduos que sempre vinham lhe pedir opinião sobre candidatos e tratar de assuntos deste teor. Causou-nos estranheza e admiração foi a leitura do ofício,

Revmo. Senhor Padre José Viegas,

Os abaixo assinados, representantes de todas as correntes políticas deste município, estando de acordo no propósito de encontrar uma candidatura de conciliação para as próximas eleições municipais, lembram o nome de V. Revma. como sendo a pessoa mais indicada para congraçar o eleitorado e assegurar uma administração imparcial e proveitosa. Assim sendo, contam desde já, com com sua aquiescência e o eximem de qualquer compromisso partidário, dispondo-se a apresentar o nome de V. Revma. sob legenda de uma coligação geral de partidos políticos do município.

Respeitosas saudações.

As) Pedro de Almeida, Boulanger Otoni Ferreira e Melo, Joaquim de Araújo Mendes, Francisco Teodoro da Silva e Júlio de Melo Franco.
Outros assinaram mas somente estes são os responsáveis legítimos, autorizados pelos seus partidos.

Pará de Minas, 15 de outubro de 1947.”

O Vigário agradeceu a confiança que aqueles senhores depositaram em sua pessoa e expôs suas excusas, procurando todos os meios de fugir do compromisso que via na sua frente. Vendo que suas excusas eram baldadas e que a Comissão punha na sua consciência as consequências da luta de 23, apelou para o último recurso dizendo que não era praxe da autoridade arquidiocesana o consentimento para tais fins. a Comissão pediu que levasse à autoridade o conhecimento do ofício, que estaria certa certa do seu flacet, pois não havia ali mais do que um bem coletivo, a paz nas eleições.
Levado ao conhecimento do Sr. Arcebispo, ele concedeu a devida licença condicional, havendo paz em tudo e em todo o tempo, conforme consta dos despachos de 30 de outubro de 1947. Neste acerto exigiu S. Excia. que fosse afastado o vigário e que apresentasse substituto. Foi no mesmo dia apresentado o Revmo. Padre Roque dos Santos, salesiano, para substituir o Vigário.
As eleições se deram com muita ordem e perfeita harmonia, não só na sede como também nos distritos. As urnas foram apuradas em Itaúna e a posse do prefeito e da Câmara Municipal se deu a 2 de janeiro de 1948.

A acrescentar ao que está narrado no Livro Tombo da Paróquia, apenas a eleição a Vice-prefeito do jovem advogado Odilon Rodrigues de Sousa, que mais tarde exerceria dois mandatos de deputado estadual e ocuparia importantes cargos no governo estadual, funções ligadas à área ruralista, onde exerceu forte liderança.

No mesmo dia foram empossados os seguintes vereadores à Câmara de Pará de Minas:

Antenor Pinto de Rezende (UDN) – Erotides Mendes Medeiros (UDN) – Godofredo Lopes de Oliveira (UDN) – João Ferreira de Oliveira (UDN) – José Alves Fraga – UDN) – José Augusto Corrêa de Miranda (PR) – José de Almeida Mendonça (PSD) – José Marinho dos Santos (PR) – José Pereira Campos (UDN) – Júlio de Melo Franco (PR) – Mauro xavier (UDN) – Rachid Saliba (PSD) – Wilson de Melo Guimarães (PSD).

Com apenas três vereadores eleitos de um total de treze cadeiras a serem preenchidas, é possível perceber que a candidatura única a prefeito salvou o PSD (e Valadares) de fragorosa derrota. O vereador José Augusto Corrêa de Miranda, do PR, foi eleito Presidente da Câmara. O primeiro da história a exercer funções apenas legislativas.

BIOGRAFIA DO PADRE JOSÉ VIEGAS DA FONSECA

Nascido em Divinópolis, Padre Viegas era filho de José Rodrigues Viegas, natural de Pará de Minas . Concluiu seus estudos em Belo Horizonte, no seminário do Coração Eucarístico de Jesus. Ordenou-se sacerdote pelas mãos de Dom Antonio dos Santos Cabral, na Igreja-Matriz de São José, a 13 de maio de 1926. Cantou sua primeira missa na Catedral da Boa Viagem, no dia 16 de Maio.
Serviu à Arquidiocese durante dez anos, como professor e ecônomo do seminário. Foi capelão do Instituto João Pinheiro e dirigiu a Casa Cura D’Ars. Sua dedicação ao trabalho, lhe valeu a indicação por Dom Cabral, como Pro-Vigário da Paróquia de Pará de Minas. O saudoso Padre José Pereira Coelho foi quem o apresentou à comunidade, dando posse no dia 2 de fevereiro de 1936, durante a missa paroquial. Coordenou na cidade, de 9 a 16 de agosto de 1936, a organização do Congresso Eucarístico Paroquial, presidido pelo Padre Zeca. Padre Viegas esteve em pará de Minas de 1936 a 1952. Pró-Vigário de 2 de fevereiro de 1936 a 5 de julho de 1940.
É creditado a ele, a construção da Casa Paroquial, com auxilio dos governos municipal (doação do terreno e do granito) e estadual. Tendo falecido o Padre José Pereira Coelho em 5 de julho de 1940, , Padre Viegas assume a direção da Paróquia. Promoveu como vigário oportunas reformas na antiga igreja-matriz, Suas ações como vigário foram no sentido de multiplicar o número de missas na Matriz aos domingos, revitalização das associações religiosas, difusão do Missal em português, incentivo da prática da comunhão diária e das primeiras sextas-feiras do mês; instituiu a festa da padroeira em 15 de setembro, sempre celebrada com a presença do arcebispo, instituiu a procissão eucarística ao término das quarenta horas de adoração; prestigiou o trabalho dos vicentinos e promoveu o Congresso das Vocações Sacerdotais; em comemoração ao centenário da Paróquia em 1946. Padre Viegas promoveu as construções da igreja de Nossa Senhora das Graças, do salão Paroquial, do educandário Padre José Pereira Coelho (antigo asilo de meninas pobres) que em 2017 se tornou o principal prédio da FAPAM.; da Vila Vicentina, além de reformar a parte externa da antiga Matriz.

Padre Viegas participou da fundação do Instituto Benjamim Guimarães (Patronato) e consequentemente atuou para a vinda para cidade dos Padres e Irmãs Salesianas É mérito de Padre Viegas a vinda das Irmãs desta Congregação para trabalharem no Hospital de Pará Minas por muitos anos. Todas essas ações o credenciaram a ter seu nome lembrado para ocupar a Prefeitura, quando a política municipal chegou a um impasse em 1947, tornando-se candidato único a prefeito.
Sua gestão foi marcada por importantes realizações, entre elas a solução da falta de energia elétrica; a construção da primeira estação de tratamento d’água da cidade; o loteamento do bairro de Nossa Senhora das Graças, com a venda facilitada dos lotes; centenas de metros quadrados de calçamento poliédrico. Construiu escolas na zona rural e reformou outras. Ao final do mandato retomou o paroquiato, mas foi chamado pelo arcebispo de volta a Belo Horizonte, para assumir novas e importantes funções no arcebispado.

Em 21 de janeiro de 1967, padre Viegas recebeu da Câmara Municipal o título de “Cidadão Honorário de Pará de Minas”.
Em 13 de maio de de 1976, comemorou o o seu jubileu de Ouro Sacerdotal, recebendo grandes homenagens em Belo Horizonte e em Pará de Minas.
Padre José Viegas faleceu no dia 13 de abril de 1986, na Casa de São Pedro, em Belo Horizonte. Foi sepultado no cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, no dia 14 de abril.
(Texto extraído do jornal “Educação”, do mês de setembro de 1999, órgão da Secretaria Municipal da Educação)

Luiz David

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