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EU, O SACRÍLEGO, ESPERO POR UM SALVADOR DA PÁTRIA

EU, O SACRÍLEGO, ESPERO POR UM SALVADOR DA PÁTRIA

Quem conhece minhas posições políticas vai estranhar muito o que vou escrever a seguir. Para muitos estou cometendo sacrilégio. Na verdade estou jogando a toalha em relação à bandidagem que tomou o poder em Brasília. Em todos os níveis, em todos os Poderes. Mas existem raríssimas exceções de pessoas sérias ainda empoderadas. E nelas reside a derradeira esperança de que acabe a bandalheira institucionalizada.
O país precisa de uma figura, não necessariamente um militar, que aja como agiu o ditador Ernesto Geisel em 1977, quando fechou o Congresso Nacional e editou o famoso “Pacote de Abril”, a pretexto de promover a “Reforma do Judiciário” na época cobrada insistentemente pelos brasileiros, mas nunca votada nem na Câmara nem no Senado. “En passant” o ditador cassou alguns mandatos, principalmente de políticos corruptos, além de decretar a aposentadoria de magistrados também corruptos.
Fechar o Congresso hoje em dia, será uma medida que receberá o aplauso quase unânime da população brasileira. Os integrantes da atual legislatura não representam mais a população. Neste caso, os bons políticos remanescentes, pagarão pelos bandidos que apenas buscam imunidade parlamentar para praticarem mal feitos. Para garantir a segurança da população contra candidatos criminosos, todos aqueles políticos já indiciados perderão automaticamente os direitos políticos por dez anos, prorrogáveis por mais dez, se no período houver noticias de que o bandido reincidiu no crime.
Para substituir o Congresso Bandido, o Chefe da Nação em exercício nomeará uma Comissão de altíssimo nível intelectual e técnico, formado por trinta cidadãos honrados de todas as tendências políticas. Num prazo de sessenta dias tal Comissão escreverá uma nova Carta Magna para o país, na qual constaria obrigatoriamente a convocação de eleições gerais para o ano de 2019; de vereador a presidente da república. Por que em 2019? Porque em um ano apenas não é possível fazer a profilaxia que a política precisa; das câmaras municipais ao Congresso Nacional; das comarcas de 1ª Instância ao STF, pois muito desta zona que impera no país é culpa do Poder Judiciário e do Ministério Público também. Uma varrida na Justiça do Trabalho, nos tribunais militares e afins, também estará incluída.
E um novo regime político entrará em vigor, ao estilo do regime francês; um semi-parlamentarismo. Dá prá fazer.
Todo Poder a este eventual Grande Líder, que assumirá com prazo de validade.
Na retaguarda, garantindo tudo, as Forças Armadas e a OAB, para inibir os excessos.
O país precisa repetir o que fez em 1946, no período “pós Getúlio Vargas”. Naquele ano uma Constituinte pariu a melhor de todas as constituições que os brasileiros já viram.
O país clama por uma “Carta” sucinta e enxuta, que entrará em vigor no dia da posse dos eleitos em 2019. Precisamos de outra Constituição, que não poderá ser emendada por trinta anos.
Infelizmente a “Constituição Cidadã” de Dr. Ulisses fracassou.
Saindo de minha boca, tudo isto parece um sacrilégio. Mas estou disposto a sacrificar minhas convicções políticas se for para o bem geral do país. (LUIZ VIANA DAVID)

Luiz David

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