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A COPASA E O GATO

SEM GARANTIAS, SEM CONTRATO. 

 

O senhor Edgar Amorim, Diretor de Operações da COPASA para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, à qual Pará de Minas está agregada, pelo visto transferiu seu gabinete para a cidade, tal é a sua frequência por aqui nos últimos tempos. A impressão que passa é a de que está assustado com a decisão do prefeito Antonio Júlio, de deflagrar o processo licitatório para escolher a empresa que ficará com a concessão dos serviços de água e esgoto no município.  Pelo que se vê e se ouve, a diretoria da COPASA não acreditava nessa possibilidade de, um dia, vir a perder uma de suas mais lucrativas concessões. O próprio prefeito AJ recentemente declarou que nos cinco anos em que o contrato entre municipio e COPASA está vencido, a empresa faturou por aqui nada menos do que cento e oitenta milhões de reais. Ou três milhões de reais mês, ou ainda, cem mil reais dia. Pará de Minas dá lucro, muito lucro.

A COPASA atualmente é empresa de capital aberto, com ações na bolsa e visa exatamente  o lucro. Seus acionistas a cada ano recebem vultosos dividendos. Vai longe o tempo em a empresa tinha objetivo social. A água é mesmo  um grande negócio e constitucionalmente o município é quem decide o concessionário. Assim, nesse contexto,  enquanto a empresa não se submeter à assinatura de um contrato garantidor de que irá de fato fazer os investimentos necessários, o risco de perder a lucrativa Pará de Minas é enorme.

O diretor Amorim, tem afirmado que a empresa irá sim fazer os investimentos. Mas e a garantia ? O  diretor empenha sua palavra, mas fala por si. Quem garante que em 2015 o senhor Amorim  seguirá no cargo?  É proverbial a curta permanência na função,  dos diretores da COPASA. A maioria dos diretores é nomeada politicamente, quase nunca por competencia técnica;  e  política é como nuvem, a cada momento está de um jeito, já dizia o ex-governador Magalhães Pinto.

Ao povo de Pará de Minas pouco importa quem irá explorar a concessão nos próximos trinta anos; o que interessa saber é se os serviços serão prestados satisfatoriamente. Como dizia o camarada Mao Zetung, “não importa a cor do gato, importa  se ele  come o rato”.

Pessoalmente, vejo a COPASA  hoje, como se fosse um velho e gordo gato, pesadão, que habituou-se a comer deitado e está cada vez mais lerdo, e passa longos períodos ronronando.  Só se mexe quando alguém lhe torce o rabo.

Luiz David

One Comment

  1. O grande problema é que a Copasa está mesmo dormindo. Está querendo deixar passar as eleições para mostrar a realidade ao povo de Minas?
    Está faltando água! Está faltando chuva. Quem pode garantir que teremos um ou dois períodos chuvosos em breve, quero dizer nos próximos dois anos. Algumas comunidades à beira do S.Francisco estão com dificuldades para retirar água dde um dos maiores rios do país. Motivo: falta de água no rio.
    Se o gato velho gordo não acorda e usar Pará de Minas como, diria, um padrão para resolver, de outra forma o problema da falta de chuvas, “depois das eleições” a bomba vai explodir no estado inteiro. A Copasa não está conscientizando o povo que é preciso economizar água. Acabar com a taxa mínima pode ser uma forma. Pagar pelo que realmente usa. E quem não usa, não paga. Quem usa pouco, paga pouco. e parar de dizer nas mais redes de TV que é uma boa água. Usar a grana e o espaço televisivo para falar ao povo a respeito da nossa atual realidade: se estamos gastamos muita água, ficamos sem água. Se estamos recebendo muita grana do povo. vou usar esta grana para investir em outras formas de captação.

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