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MUDAR OU MORRER

Pelo visto, apenas em São Paulo e no Paraná aconteceram surpresas nas decisões dos campeonatos estaduais. Em São Paulo, um surpreendente Ituano eliminou o poderoso Palmeiras e na primeira partida das finais derrotou o Santos por um a zero. Mesmo que perca o segundo jogo e o título, o time de Itu já deixou sua mensagem. No Paraná, um par de zebras pastou nos gramados da terra dos pinhais: Londrina e Maringá desbancaram os poderosos da capital e levaram a decisão para o norte do estado. Nos demais campeonatos estaduais repetiu-se a toada de sempre: BA – VI na Bahia; Vasco X Flamengo no Rio; Galo X Raposa  em Minas; Santa X Sport no Recife; etc. e mais do mesmo por todo lado. Penso que a fórmula dos estaduais está falida. Gastar quatro meses de um calendário apertado, com torneios táo pouco atrativos é jogar dinheiro fora. Não cabe mais numa época de pleno profissionalismo. Aliás, cobra-se profissionalismo de todas as categorias, menos da que envolve os dirigentes. Nesta, a paixão e a falta de transparência prevalecem.

Em Minas, por exemplo, a salvação pode ser a regionalização do campeonato. Com chaves no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba; Sul e Sudoeste; Norte e Vales (Mucuri/Jequitinhonha); Zona da Mata / Vertentes; e Centro. Os três times da capital só entrariam nas oitavas de final, a serem jogadas em julho.

Ou isso, ou a morte de todos os clubes do interior por inanição financeira.

Imaginemos clubes como Paraense, Sport Itaúna, Guarani de Divinópolis, Formiga, Curvelo, Vila Nova, Democrata SL, Nacional de Nova Serrana, CAP de Pompéu, disputando a chave da zona Centro. Já foi assim dia. A empolgação era fantástica e os estádios estavam sempre cheios. Por que não repetir a fórmula que deu certo? Futebol é um esporte que necessita de rivalidade, de discussões acaloradas que estendem até a rodada seguinte.

A Federação, que durante cinquenta anos foi dirigida de forma burocrática e nem sempre transparente, pelo visto, com as próximas eleições,  terá abertas todas as suas janelas e o sol finalmente poderá entrar nos seus mais recônditos escaninhos, pode e deve promover esse sopro de entusiasmo na competição.

A Federação Mineira de Futebol não pode continuar sendo a mãe dos clubes da capitale madrasta das agremiações interioranas.

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O Mineirão deu prejuízo ao erário estadual em 2013, de mais de quarenta e três milhões de reais. É que pelo contrato firmado entre o estado e a Minas Arena, consórcio que administra o estádio, sempre que faltar grana, por falta de público, o contribuinte  deve arcar com o prejú.

Até aqui, confirma-se a previsão (ou praga) de Elias Kalil, presidente do Atlético Mineiro, de que sem o Galo e sua MASSA, os balanços serão sempre deficitários.

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Os jogos noturno pelos torneios alternativos, que vêm acontecendo  às terças-feiras, no estádio do Guarani, têm sido vistos por  público numeroso, se comparado com a rodadas dominicais. Há anos que venho pregando a necessidade de se diminuir os jogos nos finais de semana. Os tempos são outros. O futebol não é mais a única forma de lazer ou de prática esportes na cidade.  Nos dias atuais, quem gosta de jogar ou de ver uma partida, tem muitas outras outras e melhores opções. É preciso inovar também em Pará de Minas.

Luiz David

One Comment

  1. Oi voçe esqueceu de quem pode disputar esta fase representando Para de minas hoje é o Sao Francisco;;

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