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NOVELA

O prefeito Antonio Júlio esteve nesta segunda-feira no Rio de Janeiro, em busca de mais informações que aprimorem o edital de licitação que vai indicar a empresa reponsável pelos serviços de água e esgoto em Pará de Minas, nos próximos trinta anos. O edital está sendo elaborado pela procuradoria do município, mas, AJ não não quer deixar ponto sem nó nesta questão, que se tornou dramática com o racionamento de água que vem sacrificando a população.

Antes de publicar o edital, o prefeito pretende promover uma audiência pública, para a qual serão convocadas todas as partes interessadas: Ministério Público, Câmara Municipal, Copasa e os deputados da cidade. Além, obviamente de representantes de entidades e instituições representativas da sociedade civil organizada, tais como OAB, sindicatos, Associação Comercial, associações de bairros e igrejas. De forma alguma o prefeito Antonio Júlio tomará a decisão sozinho. Entende ele que o assunto envolve todos os habitantes e na impossibilidade de se fazer uma consulta individual, faz questão de ouvir cada uma das entidades representativas.

Sobre a pressão que vem sofrendo da parte de alguns vereadores, favoráveis à criação de um SAAE; e do deputado Inácio Franco que vem cobrando agilidade no processo de licitação, o prefeito tem sido inflexivel. É contra o SAAE, por considerar um retrocesso e pela falta de dinheiro no erário, que o viabilize. Quanto a cobrança do deputado estadual Inácio, AJ sabe que o parlamentar está em campanha eleitoral visando a própria reeleição e por isto deseja rápida solução para o problema, uma maneira de evitar cobranças durante a campanha. Afinal de contas o partido do deputado teve quatro anos inteiros para resolver o assunto e não deu conta. E os eleitores sabem disso.


FESTAS NO PARQUE
Foge à minha compreensão por qual razão o presidente do Sindicato Rural de Pará de Minas sente tanto a não realização de shows artísticos no Parque de Exposições. Na prática, o público que vai aos shows não quer saber de bois e vacas, mas sim de quais artistas vão se apresentar. A exposição agropecuária na verdade pouco tem a ver com a grade de shows. Em muitas cidades os eventos já acontecem separadamente, por vários motivos, entre eles o stress a que os animais de alta linhagem são submetidos pelo barulho excessivo. Nos toneios leiteiros, por exemplo, algumas vacas quando voltam aos currais das fazendas, costumam ter uma queda na produção de até trinta por cento.O fato é que durante muitos anos priorizou-se a grade de shows, em detrimento da qualidade do plantel mostrado. Ao ponto de, por mais de uma vez, a festa ter acontecido sem animais nas baias.

A decantada competencia do empresário que cuidou dos shows nos últimos anos, algumas vezes saiu chamuscada. Shows marcados para começar a meia-noite, só tiveram inicio depois de duas da manhã, quando grande parte do público já havia desistido e ido embora. O descaso, não apenas do empresário, mas também do próprio sindicato, e até mesmo da prefeitura, com o Parque de Exposições, se tornou um caso sério. Somente agora, depois de treze anos, é que o “Chicão” vai receber obras de revitalização.

E não custa lembrar que o campus da UNINCOR instalou-se, sob os aupicios da prefeitura, em 2003, exatamente na área reservada à expansão do parque, que agora não tem por onde crescer. Até parece que a intenção dos gestores da época era exatamente essa, a de impedir o crescimento do parque. O Chicão, que na sua inauguração há vinte e seis anos, estava entre os maiores e melhores parques de Minas e do Brasil, agora está pequeno e até recentemente praticamente entregue às traças.

O Parque foi uma mina de dinheiro enquanto durou, menos para seu legítimo dono, a municipalidade, que além de receber apenas uma migalha das bilheterias, teve de arcar com a sua manutenção, mesmo que feita a meia-boca.

Luiz David

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