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PINCELADA NA POLÍTICA

PINCELADA NA POLÍTICA

Atendendo a dezenas de pedidos, hoje, excepcionalmente, deixo de escrever a crônica semanal para dar um bordejo pela política.

LULA
Foi julgado e condenado a doze anos de cadeia pela Justiça Federal. A decisão judicial dividiu o país, pois milhões de brasileiros acreditam na inocência do ex-presidente, enquanto outros milhões acharam a pena muito branda, e clamam por mais anos de xilindró para Lula. Ao ex-presidente ainda cabe impetrar recursos junto ao STF, no popular o nome disto é “jus sperneandis” ou seja, o sagrado direito de espernear garantido a qualquer pessoa, que se sentir prejudicada por decisão superior, em qualquer instância. Esclareço que votei em Lula Presidente em três oportunidades, menos em 1994 (fui de Orestes Quércia -PMDB) e 1998 (votei em Ciro Gomes). Em 1989, quando pela primeira vez votei para presidente da república, votei e apoiei no primeiro turno, entusiasticamente, o “velho timoneiro” Ulisses Guimarães (PMDB), que ficou em sétimo lugar, atrás até do Dr. Enéias. No segundo turno porém, “lulei”, pois a outra opção era F. Collor de Mello, que nunca me enganou. Também votei em Dilma duas vezes.
Não sei se Lula é inocente dos mal feitos que lhe atribuem. Talvez seja, ou não. Na minha opinião ele errou ao se cercar de gente desonesta e ao negar que desconhecia o que estava acontecendo no gabinete ao lado do dele. Isto é querer fazer de bobos, eleitores sinceros como eu. Lula pode duvidar da inteligência dos brasileiros, mas, no meu caso, eu não duvido que ele é dono de uma mente privilegiada, um dos homens mais inteligentes que esta pátria já produziu.
Também considero que seus oito anos de governo mudaram, para muito melhor, a cara do Brasil e do povo brasileiro. Porém, Lula nunca mais. Quem sabe o Haddad?

F.PIMENTEL
Arrependido, confesso que votei nesta triste figura, mais pela presença na chapa governamental do candidato a vice-governador Toninho Andrade. Pimentel é outro que duvida da inteligência popular; como é que pode um governador faltando poucos meses para o fim do mandato pretender a re-eleição, se em três anos não conseguiu colocar em dia a folha de pagamento do funcionalismo. E agora está retendo até a parcela do IPVA dos municípios. É verdade que assumiu o governo com o estado em situação pré-falimentar, após o longo e tenebroso período tucano (2003/2014) de Aécio/Anastasia. Pimentel não sabe se governa ou se se defende das acusações que lhe faz a Policia Federal na chamada ‘Operação Acrônimo.
Se está difícil governar, por que a recandidatura? Melhor sair.

ELIAS DINIZ
Está comprovando a antiga máxima que diz “na prática a teoria é outra”. O loquaz candidato em três eleições consecutivas está sentindo na pele esta verdade. Como candidato tinha solução para todos os problemas na ponta língua ou, na ponta do dedo, que aciona o computador dele. Mas a gestão pública se parece com a gestão privada tanto quanto um trator de esteira se parece com uma patinete. Tudo na prefeitura é novidade para o alcaide Elias, ele está aprendendo a ser prefeito, praticando. O primeiro ano de seu mandato ele o passou inaugurando obras deixadas 99% prontas pelo antecessor. A partir de agora começa de verdade o mandato dele. Para o bem de Pará de Minas e do povo pará-minense será melhor que ele capriche mais para acertar. E que Deus lhe dê humildade suficiente para recorrer, se preciso, ao vice-prefeito Zezé Porfírio que é um político nato e tem na bagagem mais de seis anos de exercício do mandato de prefeito. Está nos Evangelhos que os “humildes alcançarão o céu”.

EDUARDO BARBOSA, ANTONIO JÚLIO e INÁCIO FRANCO

Quanto ao deputado federal não quero comentar mais, nem escrever sobre ele. Vou guardar as últimas imagens que dele tenho: quando votou contra a classe trabalhadora na reforma trabalhista; e o seu pedido de afastamento da Comissão que analisa a reforma da previdência, por ser contra tal reforma. Uai, se é contra, vai lá e vota contra. Ao se afastar, abriu espaço para um tucano sabujo de Michel Temer ferrar os trabalhadores.

Sobre Antônio Júlio, considero perigosa para a carreira dele, uma candidatura a deputado estadual.Seis anos longe de seus “fiéis” cabos eleitorais espalhados por toda Minas Gerais podem fazer a diferença contra ele. Acredito que Antonio Júlio ainda tenha cacife suficiente para impor o nome dele como candidato a 1º Suplente numa das chapas senatoriais com chances de vitória. Em oito anos poderá se tornar um senador da república, a exemplo de Zezé Perrela (era suplente de Itamar Franco) e Clésio Andrade (era suplente de Eliseu Rezende). “O futuro a Deus pertence” já dizia o notável político Francelino Pereira. Tudo pode acontecer, pessoalmente continuo acreditando na volta de Antonio Júlio à prefeitura em 2020. É o que ouço de eleitores arrependidos, nas minhas andanças pela cidade. É o chamado “voto de pesar”, bem mais numerosos do que aqueles que AJ obteve nas urnas.

Acredito na re-eleição de Inácio Franco para a Assembléia Legislativa, se é que ele mudou de ideia. Ao contrário do que estão dizendo, as próximas eleições serão as mais caras da história da república, quem tiver dinheiro bastante para saciar os cabos eleitorais, se dará bem. E dinheiro não é um problema para IF. Desde 2014 que Inácio vem dizendo que não será mais candidato a deputado estadual. Como as regras eleitorais para 2018 favorecem quem já exerce mandato, pessoalmente duvido de desistência do “Verde” Inácio. No fundo, no fundo, eu acho que ele sonha em igualar a marca de seis mandatos estaduais consecutivos, alcançada pelo seu adversário paroquial, Antonio Júlio.

Forte abraço, amigos!

Luiz David

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