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Interessante matéria publicada no “Jornal Agora”  de Divinópolis, em sua edição de ontem, 10 de julho,  coluna Preto no Branco,  da jornalista Gisele Souto, despertou o meu interesse, por se tratar de assunto de extrema importância para o centro-oeste de Minas Gerais, região a qual pertence a minha, a nossa amada cidade de Pará de Minas, que os mais apaixonados por ela, como eu, tratam carinhosamente por “Paris de Minas”. Pois então. na sua coluna, Gisele Souto discorre sobre o movimento que retorna com força total em outras cidades, e trata da extensão do gasoduto da Petrobrás até  essas paragens situadas entre os os rios Paraopeba e Pará.

Por aqui não li, nem ouvi, nenhuma autoridade se manifestar sobre o tema de capital importância para o progresso dessas urbes situadas nessa mesopotâmia banhada  pelos dois rios: Juatuba, Mateus Leme, Itaúna, Carmo do Cajuru, Divinópolis, Itapecerica, Cláudio, entre outras. Diz a colunista Gisele “um encontro marcado para o próximo dia 23 em Itapecerica dará o ponta pé inicial a um projeto sonhado em Divinópolis há anos, mas que unca saiu do papel. O prefeito Wirley Reis, da cidade histórica, abriu as portas para que o gasoduto seja discutido por prefeitos da região idealizadores do projeto e a FIEMG -federação das Indústrias do estado de Minas Gerais. No primeiro encontro, eles vão analisar as idéias, sugerir e dar andamento. Finalmente algo de concreto sobre o que pode ser um “boom” para a economia da região começa a caminhar”.

O gasoduto está parado na Serra da Moeda, próximo a Brumadinho,  informa a colunista, e chegará á região passando pela BR 262, em Igarapé, depois Itaúna, São José do Salgado, onde será montado parque empresarial de Cajuru, depois Cláudio, Itapecerica, até Divinópolis. A previsão é que o gasoduto prossiga até Arcos, pains e Lagoa da Prata . O prefeito Neyder Moreira de Itaúna já está se movimentando, assim como Edson Vilela, de Carmo do Cajuru.

Todo mundo pelo visto se mexendo e por aqui nadica de nada ainda, como se Pará de Minas fosse uma Shangrilá, onde tudo sempre está no melhor dos mundos. Vereadores, prefeito e seus secretários  sem criatividade e mal informados, entidades de classe adormecidas e povo reclamão só nas redes sociais. Esse gasoduto está muito perto de sair do papel, e naqueles municípios alcançados por ele, será  a redenção da economia local, agora que a Petrobrás perdeu o monopólio da distribuição do gás, antes cotado apenas em dólar e desde a quebra do monopólio, com possibilidades imensas de ser vendido pelo menor preço calculado em real. O gás, no mundo inteiro compete com outras fontes de energia, principalmente a hidroelétrica, que no Brasil anda pela hora da morte, castigando quem se arrisca a empreender neste país. Estamos falando de gás natural, gente amiga, não de gás de cozinha, como algumas antas podem pensar. Em boa hora o governador de Minas pensa em privatizar a Gasmig, que mais atrapalha do que ajuda na extensão do gasoduto.

Se o prefeito de Pará de Minas ainda não tiver sido convidado para o encontro do dia 23 em Itapecerica, que vá de entrão, coisa que ele sabe fazer muito bem, afinal somos  -o município, a segunda economia da região. E os vereadores todos eles podem aproveitar o recesso das reuniões para também comparecer. Ai do vereador que ainda acredita que recesso e férias são a mesma coisa. Não são. A hora é de mostrar serviço. Alô, alô ASCIPAM, a entidade também congrega as indústrias locais, essa letra “I” do nome quer dizer “INDUSTRIAL”. O gasoduto chegando ao Pará de Minas pode significar a redenção de nosso parque industrial. 

Alguém já disse que “o povo que não conhece a sua história está condenado a repetir os erros do passado”. Nos anos 1950 nós perdemos o bonde do desenvolvimento por que não tínha a cidade energia elétrica suficiente. Enquanto os vizinhos se fartavam com a energia produzida pela Usina do Gafanhoto, Pará de  Minas por seis anos viveu a triste era dos apagões diários, que duravam até doze horas p/dia, pois as minúsculas usinas do Jatobá  e do Carioca mal tocavam os teares das fábricas de tecidos. Enquanto isto, Itaúna se transformou em pólo fundidor com mais de 15 fundições e Divinópolis na potência siderúrgica que ainda é.

Lá, os políticos sempre se uniram na defesa do bem comum. Aqui no Pará de Minas é todo esse mimimi de usar a caneta para demitir adversários e nomear apaniguados.

ACORDEM senhores . O bonde da segunda chance está vindo aí.  (Luiz Viana David)

 

Luiz David

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