31/01/2007A médium: poderes que a ciência não explica, mas que os fatos comprovam
Jornal inglês destaca capacidade da médium de manipular a temperatura
“Meu trabalho é unir ciência e espiritualidade”
Colaborou Carina Rabelo
Ao contrário de muitas pessoas que dizem receber espíritos e entidades, Adelaide tem uma atuação amarrada por fortes laços com a ciência. Ela criou a Fundação Cacique Cobra Coral (FCCC) e, nessa estrutura, montou um braço operacional de previsões meteorológicas. “Antes de falar com o Cacique, dona Adelaide pergunta o que tem de ser feito para atender a uma solicitação dos clientes”, explica o professor Luiz Fernando Matos, graduado em Meteorologia pela UFRJ e pós-graduado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Ele é o meteorologista-chefe da FCCC. Por clientes eles chamam os organismos que têm convênios de assessoramento assinados com a Fundação. Constam da relação, neste momento, o Ministério das Minas e Energia, os governos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e as prefeituras do Rio e de São Paulo. Em tempo: todos os convênios têm custo zero para os contratantes. “Nosso acordo tem-se mostrado produtivo em termos de informações e projeções, além de elementos de prevenção”, afirma Cesar Maia. Sobre os poderes de Adelaide em atenuar intempéries, ele suaviza, sem desmenti-los. “O que posso dizer é que as chuvas e temporais, desde a assinatura do convênio, têm sido proporcionais à nossa capacidade de enfrentá-los.” Em novembro, a médium foi solicitada a desviar uma chuva grossa prevista para cair nas encostas do morro do Joá, no bairro de São Conrado, onde funcionários municipais faziam obras de contenção. Registra-se que a tromba d’água foi dar em alto-mar.
A encomenda de Thatcher: Londres chegou a registrar, no inverno de 1986, temperaturas de 30 graus abaixo de zero. A então primeira-ministra Margaret Thatcher pediu ajuda à médium. Num único dia, o clima esquentou em 29 graus.
As consultas de Adelaide ao seu meteorologista-chefe descem a minúcias sobre o volume de milibares de pressão atmosférica e o índice exato de umidade do ar. Tudo para que, quando questionada pelo espírito do Cacique Cobra Coral, ela possa monitorá-lo sobre como agir. É difícil, dificílimo de acreditar, mas até mesmo a cética imprensa inglesa teve de se dobrar, em 1986, ao inexplicável que ronda a imagem da médium. Naquele ano, um inverno de 30 graus abaixo de zero castigou Londres, enchendo de preocupação a então primeira-ministra Margaret Thatcher. A “Dama de Ferro” foi aconselhada, não se sabe bem por quem, a pedir os serviços de Adelaide. A médium aceitou a tarefa e, no dia seguinte à solicitação, a temperatura já chegava a um aceitável grau negativo. Ao noticiar a movimentação de Adelaide e de seus assessores da FCCC, o cotadíssimo The Guardian apelidou a turma brasileira de “interceptadores de catástrofes”. Sua fama mundial começou nesta fase.
No ano passado, o governo do primeiro-ministro Blair necessitava de um 9 de dezembro sem chuvas, em meio a uma temporada de precipitações, para fazer um anúncio em público. Na data requerida, Londres, depois de muita água, viu outra vez a face do sol. E Adelaide de novo ficou com os créditos pela façanha. Até nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, ela fez das suas. Chamada para suavizar o calor abafado que descia sobre a cidade, ela pessoalmente foi até lá e, sim, levou consigo uma brisa fresca que aliviou os jogos.
A confiança de Maia: o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, é um constante interlocutor de Adelaide. Ele reconhece que depois de assinar convênio com a Fundação Cobra Cobral nenhuma chuva no Rio extrapolou as expectativas Os cientistas guardam uma distância regulamentar da médium e dos feitos a ela atribuídos. Professor e pesquisador do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, Cláudio Furukawa não encontra na teoria uma explicação para os casos de mudança climática em que ela se envolve. “Não há nada na física que comprove um fenômeno paranormal. Isso tudo foge completamente ao campo da ciência”, afirma.
Ele admite que cientistas que aceitam o espiritismo ou fenômenos sobrenaturais são discriminados pelos demais pesquisadores, justamente porque dão crédito ao que não conseguem provar. O professor Álvaro Vannucci, membro do mesmo instituto e especialista em física dos plasmas, acredita que os fenômenos mediúnicos ocorrem segundo leis naturais ainda não descobertas ou devidamente entendidas pela ciência atual. “A principal dificuldade de se investigar estes fenômenos corresponde ao fato de eles não serem reprodutíveis. Isto não impediu, no entanto, que grandes cientistas como William Crookes (1832-1919) e Charles Richet (1850-1935) se envolvessem intensamente com este fascinante assunto.”
A garantia a Ciro: eleitora de Ciro Gomes na eleição presidencial de 2002,
Adelaide cobrou dele a transposição do rio São Francisco. “Perdi, será impossível”, disse-lhe Ciro. “Não, você será chamado.”
Dias depois, ele virou o ministro responsável pelo Rio.
Noves fora os laços científicos, Adelaide, como médium de primeira linha, tem premonições que extrapolam até mesmo os mistérios do tempo. Em 3 de agosto de 2001, antes, portanto, dos ataques terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos, Adelaide mandou um e-mail para o presidente George Bush alertando que uma catástrofe estava para ocorrer em Nova York e Washington. Disse ainda que o presidente não deveria pernoitar na Casa Branca entre os dias 11 e 12. Após os ataques, agentes do Departamento de Estado visitaram a Fundação Cobra Coral, em São Paulo, à cata de maiores explicações para a previsão. Saíram de mãos vazias.
Dentro da FCCC, conta-se que a médium manteve estreitas relações com o ex-presidente do Iraque Saddam Hussein (1937-2007). Ela previu a data do ataque americano à Bagdá, durante a primeira guerra do Golfo, em 1990. Impressionado, Saddam solicitou à médium que fizesse chover na região da Sérvia, para impedir um ataque terrestre preparado pela Otan. Foi atendido e o ataque, adiado. Depois de uma visão terrível, Adelaide enviou em 26 de setembro de 1992 um fax ao então deputado Ulysses Guimarães. Alertava-o para não utilizar nenhuma aeronave de pequeno porte na primeira quinzena de outubro. Ulysses, como se sabe, morreu no dia 12 de outubro daquele ano, quando o pequeno helicóptero em que viajava se espatifou no mar. Agora, tome fôlego, leia a entrevista abaixo e, se quiser, responda: é possível dominar a natureza?
Conheça também o site da Fundação Cacique Cobra Coral:
www.fccc.org.br
PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO E ENTIDADE ESPÍRITA TEM CONTRATO PARA “IMPEDIR CHUVAS TORRENCIAIS”!!
Entre outubro e novembro de 2007, os esforços da médium foram para conter o clima a fim de que o túnel Rebouças, no RJ, fosse desobstruído. O jornal do Comércio publicou no dia 01/11/2007 que a presidente da FCCC, montou seu quartel-general esotérico no Cosme Velho, perto do Rebouças, para garantir bom tempo para a realização das obras de recuperação da entrada do túnel.
Em dezembro do mesmo ano ela foi chamada para espantar a chuva que poderia atrapalhar o réveillon. Adelaide começou o trabalho na sexta-feira dia 28 numa cobertura em Copacabana e no dia 31 foi para um iate.
Na transição de prefeitos em 2008/2009, César Maia, em seu ex-blog publicou cinco tópicos a favor da renovação do contrato com a FCCC, em um trecho escreveu: ‘A Prefeitura do Rio nunca pagou um centavo à Fundação Cacique Cobra Coral. Mas sempre manteve relações de respeito e de reconhecimento técnico. É bem verdade que um quadro do Cacique Cobra Coral, sempre esteve na sala de almoço do prefeito’.Eduardo Paes ao assumir o cargo relatou que o convênio com o FCCC seria cancelado. No entanto, em fevereiro em 2009, quando baixou um pé d água na cidade, o governador Sérgio Cabral quis saber do atual prefeito Eduardo Paes se ele tinha renovado o convênio com a Fundação Cacique Cobra Coral. Só ficaram aliviados quando foram informados de que o acordo ainda estava em vigor. Com a tragédia de Angra, o governador Sérgio Cabral
achou melhor contratar a FCCC enquanto efetua as obras que irão combater as causas das enchentes.Já nas semanas que antecederam o Carnaval, uma onda de calor atingiu o Rio de Janeiro e a primeira noite de desfiles do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí ocorreu sob os efeitos de uma brisa suave que reduziu a sensação térmica. Coincidência ou não, a médium Adelaide Scritori, que diz incorporar o espírito do Cacique Cobra Coral, capaz de controlar o tempo, estava na Sapucaí no camarote conjunto do Governo do Estado e da Prefeitura do Rio. O último contrato publicado entre a Prefeitura do Rio e a FCCC venceu no dia 26/02/2010. Entramos em contato com a assessoria do Prefeito Eduardo Paes, e fomos informados de que o convênio foi renovado no final do mês de março.
As perguntas que não querem calar
Cobra Coral 2
Em e-mail para a prefeitura, ela frisou que este foi o “segundo problema técnico em menos de 30 dias”. Adelaide voltou para São Paulo e diz que trabalha para reduzir os estragos da chuva. Houve então falha de comunicação?
FCCC ao jornal O Globo (07/04/2010):
Cobra Coral: Caos estava instalado
A explicação para um dos piores temporais do Rio de Janeiro pode estar na falha humana. Essa é a avaliação da assessoria da médium Adelaide Scritori, que incorpora o Cacique Cobra Coral e que estaria magoada com as autoridades. A Fundação Cacique Cobral Coral (FCCC) informou que só foi acionada no final da noite de segunda-feira. Num e-mail à FCCC, a Geo-Rio alegou problemas técnicos para não ter pedido ajuda assim que soube, por volta das 15h, que poderia chover forte na cidade.
– A proposta da nossa parceria é atuar como um paliativo. Mas só podemos agir se formos convidados. Não adianta sermos convocados com o caos já instalado – explicou o relações públicas da fundação, Osmar Santos.O convênio com a prefeitura é sem ônus para o município.
Venho de uma família de médiuns, imigrantes da Ilha de Capri, na Itália. Sou a quarta geração.Como desenvolve a mediunidade?
Todos os dias acordo às cinco da manhã e medito por duas horas. Nesses momentos, muitas vezes me desloco até o astral e volto.É assim que o Cacique se comunica?
Há vezes em que ele passa para mim em uma espécie de videotape o que irá acontecer. Durmo com um bloco de anotações ao meu lado para não perder nenhuma de suas mensagens.
O Cacique pode. Todas as nossas operações são monitoradas e estudadas cientificamente. Procuramos unir ciência e espiritualidade, nenhum tomando o lugar do outro. Agimos naquilo que o homem não tem condições de atuar.A Sra. pode conter o aquecimento global?
Já não dá mais para contê-lo. Em 20 anos, veremos o degelo.Não é perigoso mexer no clima?
Nossas operações não causam efeitos colaterais em outras regiões. Nunca fazemos um desvio de frente. Apenas isolamos áreas que não podem ser atingidas. Estudamos muito antes de tomar qualquer decisão.